Aquisição da Dr. Peanut pela Supley mostra desafios da Due Diligence no setor de M&A

A indústria de nutrição esportiva iniciou 2025 com a notícia da aquisição total da Dr. Peanut, fabricante de pastas de amendoim e snacks saudáveis, pela Supley, empresa responsável pelas marcas Max Titanium e Probiótica.

O negócio, que inclui um investimento de R$ 30 milhões para o desenvolvimento de novos produtos, também trouxe à tona os desafios enfrentados em processos de fusões e aquisições (M&A), especialmente no cumprimento das exigências da due diligence.

A negociação envolveu um alto volume de documentos. Após a venda de 50% da empresa para a Supley em 2023, os sócios da Dr. Peanut receberam uma proposta para ceder o controle total. O processo exigiu a apresentação de mais de 70 certidões relacionadas aos CPFs dos sócios e outros documentos vinculados ao CNPJ da empresa. Além disso, foi necessário comprovar o cumprimento de normas sanitárias e ambientais.

Inicialmente, o prazo para reunir a documentação era de três meses. No entanto, à medida que as tratativas avançavam, a necessidade de atualizações nos documentos se tornou recorrente. Algumas certidões precisaram ser renovadas até três vezes, resultando em um total de aproximadamente 2.100 documentos durante a due diligence.

Automação na auditoria reduziu custos na compra da Dr. Peanut

Mesmo com auditorias contábeis regulares, o nível de exigência do processo de due diligence surpreendeu a Dr. Peanut. Segundo Simone Camargo, CFO e sócia da empresa, a auditoria financeira não demanda o mesmo nível de detalhamento exigido em processos de M&A. Ela destacou que, após a primeira aquisição pela Supley, a Dr. Peanut passou de um faturamento de R$ 60 milhões anuais para mais de R$ 165 milhões, o que elevou os padrões de compliance.

Diante do desafio de reunir a documentação sem comprometer as operações internas, a Dr. Peanut optou por utilizar a plataforma de Due Diligence 5.0 da PortData, vertical da Port Louis especializada na automação de auditoria jurídica. De acordo com Camargo, a alternativa permitiu reduzir custos e otimizar a gestão do processo.

“A automação evitou que funcionários fossem retirados de atividades estratégicas para lidar com a burocracia documental. Além disso, terceirizar o serviço com despachantes poderia ultrapassar os R$ 10 mil e, com a necessidade de atualizações constantes, os custos poderiam dobrar”, explica.

A Due Diligence 5.0 utiliza inteligência artificial e machine learning para automatizar tarefas como a obtenção de certidões em órgãos jurídicos, além de centralizar e organizar os documentos, fornecendo insights para a análise jurídica.

Redução de riscos e continuidade no uso da tecnologia

Além da economia, a automação proporcionou mais agilidade ao processo. “Manter a velocidade na due diligence é essencial, pois qualquer atraso pode impactar o fechamento do negócio. Enquanto o contrato não for assinado, a transação ainda não está concretizada”, afirma Camargo.

Renata Soares, sócia-fundadora da Port Louis, ressalta que a adoção de tecnologia tem transformado o mercado de M&A. “O uso de plataformas como a PortData torna o processo mais ágil, reduz custos e fortalece a capacidade das empresas em conduzir transações estratégicas”, diz.

Após a conclusão da due diligence, a Dr. Peanut optou por manter o uso da plataforma para garantir a regularização contínua de documentos. “Agora, atualizamos certidões de débitos estaduais a cada três meses, o que evita surpresas relacionadas a impostos e tributos que possam gerar encargos futuros”, conclui Camargo.

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