Grammy comprova o óbvio: Kendrick Lamar humilhou Drake como nunca antes na história do Rap

Kendrick Lamar no Grammy 2025
Créditos: Reprodução

Quando Kendrick Lamar lançou “Not Like Us”, ele não apenas respondeu a Drake — ele selou sua vitória de forma avassaladora em uma das rivalidades mais impactantes da história do rap.

A diss track, que combina versos cortantes a um instrumental viciante, não demorou a se tornar um hino global. Sua melodia contagiou festas, tomou conta dos jogos da NBA e dominou as paradas musicais, consolidando sua presença como um dos maiores fenômenos culturais dos últimos anos.

No último domingo (2), Kendrick não apenas fez história ao transformar “Not Like Us” na primeira diss track a vencer um Grammy, mas levou para casa cinco estatuetas, incluindo a cobiçada categoria de “Música do Ano”.

O que começou como uma batalha entre o rapper mais popular da atualidade e o letrista mais talentoso de sua geração acabou se tornando um massacre digno do inesquecível 7 a 1 entre Brasil e Alemanha.

O confronto entre os dois gigantes do hip-hop durou meses, mas, no fim, restou apenas uma verdade inegável: Kendrick Lamar não só saiu vencedor, mas também elevou sua carreira a um patamar inatingível, consolidando uma das derrotas mais humilhantes da indústria musical em todos os tempos.

A rivalidade que incendiou o rap

Para entender a magnitude do embate, é preciso revisitar o conceito de diss track.

Essas faixas são criadas com o único propósito de atacar e desmoralizar um oponente, uma prática comum no rap desde os anos 90.

No caso de Kendrick e Drake, a tensão já vinha sendo construída ao longo dos anos, com trocas de indiretas e provocações veladas. Contudo, a guerra foi oficialmente declarada quando Kendrick lançou um ataque frontal em “Like That”, faixa de Future e Metro Boomin. Drake reagiu com “Push Ups” e, posteriormente, com “Taylor Made Freestyle”, onde utilizou inteligência artificial para imitar as vozes de Snoop Dogg e Tupac Shakur.

A provocação de Drake insinuava que Kendrick estava se esquivando do confronto para não comprometer o lançamento do álbum de Taylor Swift. Mas Lamar apenas aguardava o momento certo. Quando finalmente entrou na briga, veio com força total: “Euphoria” expôs aspectos pessoais da vida de Drake, questionando sua paternidade, sugerindo procedimentos estéticos e atacando seu uso de IA. Em seguida, “6:16 in LA” insinuou traições dentro do próprio círculo do rapper canadense.

O golpe definitivo veio com “Not Like Us”, lançada no mesmo dia que “Meet The Grahams”, outra faixa de Kendrick direcionada a Drake. Mas foi “Not Like Us” que tomou o mundo de assalto. Com rimas incisivas e um beat contagiante, a música não apenas desferiu ataques impiedosos, mas também virou um sucesso estrondoso, transcendendo a rivalidade e se tornando parte da cultura pop.

Kendrick Lamar e o impacto de “Not Like Us”

Carregada de duplos sentidos e referências afiadas, “Not Like Us” acusava Drake e sua equipe de comportamentos predatórios. Um dos momentos mais emblemáticos da faixa acontece quando Kendrick Lamar prolonga a última sílaba de “minor” (“menor”, em português), deixando sua voz ressoar como um soco no estômago do canadense.

A capa da música trazia uma imagem da mansão de Drake, marcada por sinais vermelhos semelhantes aos usados para identificar criminosos sexuais registrados. E um dos ataques mais diretos veio na linha brutal: “Certified Lover Boy? Certified pedophile” (“Garoto Amante Certificado? Pedófilo Certificado”), uma referência ao álbum de Drake de mesmo nome.

O que começou como um ataque lírico se transformou em um fenômeno cultural. DJs do mundo inteiro tocaram a música em festas, arenas esportivas e eventos políticos, tornando-a um símbolo de um momento histórico no rap.

A música quebrou os mais diversos recordes na indústria, tornando-se a mais rápida do gênero a ultrapassar 100 milhões de reproduções nas principais plataformas de streaming, em apenas nove dias após seu lançamento. Na primeira semana, “Not Like Us” teve mais de 81 milhões de reproduções, tornando Kendrick Lamar o primeiro rapper da história a garantir esse número.

O impacto foi tamanho que a faixa foi reproduzida nos bastidores da NBA e até utilizada em vídeos da campanha presidencial de Joe Biden. Kendrick conseguiu algo inédito: transformar um ataque direto a um rival em um dos maiores sucessos comerciais da história do hip-hop.

Derrota avassaladora de Drake

Com uma vitória incontestável, Kendrick Lamar fez o mundo inteiro repetir o refrão de uma música que destruía a credibilidade de Drake. Independentemente da veracidade das acusações, a narrativa que Kendrick construiu colou na imagem do canadense, forçando-o a recorrer à Justiça na tentativa de conter o estrago.

Além do confronto direto, essa batalha reafirmou uma verdade já conhecida pelos fãs de rap: Kendrick Lamar encarna a essência do hip-hop em sua forma mais pura. Seu lirismo, sua integridade artística e sua capacidade de reinvenção o colocam em um patamar que poucos podem alcançar.

Enquanto Drake apostava na quantidade de respostas e em sua influência midiática, Kendrick se manteve fiel à qualidade de suas rimas, demonstrando que, no fim das contas, o talento sempre prevalece.

E ainda tem o Super Bowl pela frente…

Com cinco Grammys na estante e vivendo o melhor momento de sua carreira, Kendrick ainda tem um último golpe a desferir: no próximo domingo (9), ele apresentará “Not Like Us” no intervalo do Super Bowl, o maior evento televisivo dos Estados Unidos. Enquanto Kendrick celebra sua consagração global, Drake só pode assistir, resignado, ao desfecho de sua derrota histórica.

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