Mesmo com reajuste, diesel da Petrobras ainda tem defasagem

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A Petrobras anunciou um aumento de R$ 0,22 no preço do diesel A por litro. A partir do último sábado (1), o combustível passou a ser vendido para as distribuidoras a um preço médio de R$ 3,72 por litro. Com isso, a parcela da estatal no valor final ao consumidor subiu para R$ 3,20 por litro, um reajuste de R$ 0,19, já que o diesel comercializado nos postos precisa conter 14% de biodiesel, conforme regulamentação vigente.

Segundo a Abicom, o preço do diesel tem defasagem de 9% em relação aos preços internacionais.

Mercado já previa reajuste pela Petrobras

Este foi o primeiro aumento no preço do diesel anunciado pela Petrobras desde outubro de 2023. Em dezembro do mesmo ano, a empresa havia promovido uma redução nos preços. Mesmo com o novo ajuste, os preços atuais para as distribuidoras ainda permanecem 17,1% abaixo dos registrados em dezembro de 2022.

De acordo com Fred Nobre, analista da Warren, o mercado já demonstrava preocupação com a defasagem nos preços do combustível nas últimas semanas. “A Petrobras mudou sua política de preços e tem evitado repassar a volatilidade do mercado diretamente. A empresa tem segurado os reajustes, tanto para cima quanto para baixo, considerando que o mercado de petróleo e câmbio são naturalmente voláteis“, afirmou.

O analista destacou que a estatal busca equilibrar sua estratégia com base no custo de oportunidade, avaliando tanto os preços internacionais de importação quanto os custos internos de produção. “A Petrobras opera dentro de bandas e só realiza ajustes quando percebe que um determinado nível de preços se sustenta por um período mais longo“, explicou.

Defasagem persiste

O reajuste foi realizado no diesel, que apresentava a maior defasagem, dado que o Brasil depende mais de importações desse combustível. No entanto, segundo Nobre, a correção não elimina totalmente a diferença em relação ao mercado internacional. “Mesmo com reajuste, ainda há uma defasagem de cerca de 5% a 6%, mesmo após esse aumento“, pontuou.

Com esse reajuste, a Petrobras fica razoavelmente alinhada aos preços internacionais, mantendo sua estratégia de evitar repassar volatilidade imediata ao mercado, mas ajustando os valores quando percebe que a sustentação dos preços justifica a mudança“, concluiu Nobre.

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