Seis anos após incêndio, veja como estão as obras do Museu Nacional, que só deve reabrir em 2026


Em 2022, a fachada do prédio histórico e o jardim da frente foram entregues. Incêndio ocorrido em 2 de setembro de 2018 destruiu 85% do acervo de 20 milhões de itens. Há exatos seis anos, o Museu Nacional, em São Cristóvão, na Zona Norte, pegava fogo, destruindo 85% de acervo. Desde então, a direção da instituição vem buscando recursos para as obras de reconstrução. Com a fachada do prédio histórico recuperada em 2022, junto com o jardim da frente do espaço, a expectativa é que o local seja totalmente reaberto ao público no primeiro semestre de 2026.
Atualmente, a fachada dos prédios de trás estão sendo restauradas.
Além disso, outro foco de restauração fica em cima da escadaria principal, logo na entrada do museu: a montagem da claraboia. No local será pendurada a ossada de uma baleia cachalote, que foi encontrada no norte do Ceará em 2020.
Enquanto isso, os historiadores têm pelo caminho o desafio da recomposição do acervo e os custos da reconstrução.
Fachada do prédio de trás do Museu Nacional passar por reforma
Reprodução/TV Globo
“Hoje, precisamos de mais de R$ 95 milhões, dos quais R$ 50 milhões até novembro desse ano. E mais R$ 45 milhões até fevereiro do ano que vem. Está na hora do empresariado nos ajudar também”, afirma Alexander Kellner, diretor do museu.
Até agora, além das obras de engenharia e arquitetura, foram recolocadas as réplicas das estátuas que ficavam na parte superior do prédio.
As esculturas originais serão colocadas quando as obras de recuperação do museu estiverem concluídas.
Fachada do Museu Nacional recuperada
Reprodução/TV Globo
85% do acervo destruído pelo fogo
Em 2 de setembro de 2018, um incêndio destruiu 85% do acervo – a maior parte dos 20 milhões de itens, entre documentos, objetos, fósseis, múmias, mobiliário, coleções de arte e estudos científicos – e provocou estragos no palácio.
Na ocasião do incêndio, os hidrantes ao redor da Quinta da Boa Vista não tinham água. E o então comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Roberto Robadey Costa Júnior, disse na época que a falta de hidrantes atrasou o combate ao fogo em pelo menos 40 minutos. Foi necessário contar com carros-pipa e retirar água do lago da Quinta.
As obras de reconstrução foram iniciadas em novembro de 2021, depois de três anos de retirada de escombros e contenção da estrutura, além de atrasos em decorrência da pandemia.
O orçamento anunciado para a recuperação foi de R$ 380 milhões, dos quais R$ 254 milhões foram gastos nesta primeira fase de obras.
Um policial é visto durante incêndio no prédio do Museu Nacional
Ricardo Moraes/Reuters
Dois séculos de história
O Museu Nacional é uma instituição autônoma, integrante do Fórum de Ciência e Cultura da Universidade Federal do Rio de Janeiro e vinculada ao Ministério da Educação. Como museu universitário, vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), tem perfil acadêmico e científico.
O museu continha um acervo histórico desde a época do Brasil Império. Destacam-se em exposição:
o mais antigo fóssil humano já encontrado no país, batizada de “Luzia”, pode ser apreciado na coleção de Antropologia Biológica, entre outros;
a coleção egípcia, que começou a ser adquirida pelo imperador Dom Pedro I;
a coleção de arte e artefatos greco-romanos da Imperatriz Teresa Cristina;
as coleções de Paleontologia que incluem o Maxakalisaurus topai, dinossauro proveniente de Minas Gerais.
O Museu Nacional foi enredo da Imperatriz Leopoldinense no carnaval de 2018 (veja fotos).
O palácio já foi residência da família real brasileira e abriga o Museu Nacional, que é a instituição científica mais antiga do Brasil
Reuters/Ricardo Moraes
Foto mostra a tentativa de conter o incêndio no Museu Nacional no Rio de Janeiro
Ricardo Moraes/Reuters
Imagem aérea de incêndio no Museu Nacional do Rio
Reprodução/ TV Globo
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