Em alerta vermelho por baixa umidade, região de Campinas tem unidades de conservação fechadas por risco de incêndio florestal


Sete unidades, localizadas em Valinhos, Mogi Guaçu e Mogi Mirim, estão entre as atingidas pela medida. De acordo com o Inmet, região está sob situação de ‘grande perigo’ por conta do tempo seco. Fundação Florestal anuncia fechamento de 80 unidades de conservação com risco de queimadas
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Sete unidades de conservação ambiental da região de Campinas (SP) amanheceram fechadas nesta segunda-feira (2), em caráter emergencial. A medida foi adotada pelo governo de São Paulo, por meio da Fundação Florestal, como resposta ao alto de risco de incêndios florestais.
🌲 Entre as unidades atingidas pela medida estão:
Estação Ecológica Valinhos
Estação Ecológica Mogi-Guaçu
Estação Experimental Mogi Mirim
Estação Experimental Mogi-Guaçu
Reserva Biológica de Mogi-Guaçu
O fechamento leva em consideração as condições climáticas e segue até 12 de setembro, podendo ser revisado. Segundo alerta divulgado nesta segunda pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as cidades estão sob alerta vermelho devido à baixa umidade do ar, que pode ser inferior a 12%.
“Durante este período, as equipes da Fundação Florestal ficarão focadas em ações de prevenção, no monitoramento territorial e no combate aos incêndios, além de prestar apoio às comunidades vizinhas”, informou em comunicado.
Proteger visitantes e áreas de preservação
Segundo Rodrigo Levkociz, diretor-executivo da Fundação Florestal, o fechamento busca garantir a segurança dos visitantes e das próprias áreas. “Esses incêndios florestais se propagam de forma muito rápida. Como nossas unidades de preservação têm [áreas muito extensas, eventualmente, um trilheiro que estiver mais afastado poderia ser colocado em perigo”, comenta.
“O segundo ponto é que, considerando que a gente vai ter um cenário bastante grave de severidade climática, que no interior a gente já bateu quase 40ºC, e a possibilidade de ter ventos acima de 30 quilômetros por hora, a gente precisou mobilizar todo o nosso time para que a gente possa ter um monitoramento mais amplificado e uma resposta rápida aos focos que surgirem”.
Incêndios em São Paulo
Entre os dias 22 e 24 de agosto, São Paulo registrou 2,6 mil focos de calor. Na última quinta-feira (29), o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Defesa Civil emitiu um alerta para o risco elevado de incêndios em quase todo o estado nos próximos dias, com a elevação das temperaturas e a baixa umidade relativa do ar, o que aumenta as chances de queimadas.
O governo estadual mantém o gabinete de crise e monitora a situação dos incêndios. As concessionárias que administram mais de 11 mil km de rodovias paulistas estão utilizando tecnologia avançada para monitorar e identificar focos de incêndio, sob a supervisão da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp).
“Os órgãos estaduais recomendam atenção redobrada a medidas preventivas como não colocar fogo em áreas de vegetação seca, não jogar bitucas de cigarro em beiras de rodovias, não realizar a limpeza da área rural utilizando técnicas com fogo, não queimar lixo e não soltar balão”. A Defesa Civil reforça a importância de denúncias de incêndios criminosos pelos telefones 181 e 190.
IMAGEM DE ARQUIVO (2021) – Equipes tentam conter incêndio em reserva ambiental de Mogi Guaçu
Fundação Florestal – Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado
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