MC Morena transforma emoções em funk melódico autoral no álbum “E Disseram Que Não Sei Amar”

MC Morena
Foto: Divulgação

Nascida e criada no Morro do Papagaio, em Belo Horizonte, MC Morena é um exemplo vivo da força cultural que nasce nas periferias brasileiras. Desde cedo, sua conexão com a música foi incentivada pelo avô, que a introduziu aos ritmos e letras que moldariam sua sensibilidade artística.

Agora, com mais de 2,5 milhões de ouvintes mensais, a cantora lança o trabalho mais importante de sua carreira até o momento: o álbum E Disseram Que Não Sei Amar. Composto por 18 faixas e produzido em parceria com Pepito, o disco estreou nas plataformas digitais, através da Symphonic, na última sexta-feira (24).

O projeto explora um lado mais melódico do funk para falar de amor, inspirado no personagem Homem de Lata, de O Mágico de Oz, como explica a artista:

“Sempre ouvi que não sei amar porque amo demais, e, quando era mais nova, meu tio brincava dizendo que eu não tinha coração. Assim como o Homem de Lata, não é porque ele não tem um coração físico que ele não sente; pelo contrário, ele tem sentimentos profundos”.

A escolha do personagem como fio condutor não foi por acaso. Para Morena, ele simboliza perfeitamente a busca por humanidade e conexão emocional que ela quis explorar em suas músicas:

“O meu crime é amar demais. Mas não é que eu não sei amar direito, é o meu jeitinho. Trouxe algumas experiências pessoais nas músicas, meus romances. Foi um processo que até me ajudou internamente e acredito que a galera vai se encontrar nisso também.”

Referências & sonoridades

Musicalmente, o álbum produzido por Pepito se destaca pela fusão de referências.

Elementos característicos do funk mineiro, como o Miami Bass e Volt Mix, convivem com influências de house e instrumentos orgânicos, como saxofone e bateria tocada ao vivo. “Eu sou apaixonada pelo som apaixonante do saxofone”, confessa MC Morena. “Comentei isso com o Pepito e ele trouxe não só o sax, mas vários outros instrumentos que deixaram o álbum mais autêntico e forte de ouvir.”

Produzido ao longo de um ano, o projeto envolveu a criação de 32 faixas, reduzidas para as 18 que compõem o disco final. A curadoria foi feita com cuidado, priorizando canções que dialogassem com o conceito do álbum e suas diversas facetas do amor.

“Quis ir além da batida e me aprofundar nas emoções. Esse disco representa um momento de transformação na minha carreira. Senti que era hora de mostrar uma versão mais íntima e madura de mim mesma.”

As participações especiais também foram pensadas com carinho. Artistas como Abbot, Ogoin & Linguini, Bia Soull e MC Koringa agregaram diferentes camadas ao projeto, enquanto músicos como o saxofonista Jackson Ganga e o baixista Nathan Morais, da banda de FBC, trouxeram sofisticação instrumental.

“O Abbot já era um grande parceiro e somou muito na ideia do primeiro álbum que fiz com o Pepito. Já o Ogoin e Linguini eram muito a cara do projeto. Fiquei feliz quando eles toparam participar.”

O resultado é um álbum que mistura o romântico e o dançante, pensado para conquistar um público amplo. “Buscamos atingir o máximo de pessoas possível, então são músicas de funk, mas que não são explícitas”, ressalta. “É um disco que posso mostrar para minha mãe, crianças e todo mundo que gosta de uma boa música.”

Com visualizers planejados para o YouTube e um documentário nos bastidores, E Disseram Que Não Sei Amar é mais do que um disco: é uma experiência completa, um marco na trajetória de uma artista que transforma as vivências do Morro do Papagaio em histórias universais.

“Esse álbum realmente é o amor da minha vida”, afirma MC Morena. “Com ele, eu provo que mentiram quando disseram que não sei amar.”

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