Selic: Probabilidade de Alta de 1% Chega a 93,4% Segundo I.A

Selic: Probabilidade de Alta de 1% Chega a 93,4% Segundo I.A

A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) traz uma expectativa quase unânime no mercado: segundo o Índice Equus de Precificação da Selic (IEPS), desenvolvido pela Equus Capital com o uso de inteligência artificial, há 93,4% de chance de um aumento de 100 pontos-base (1%) na taxa Selic. “O índice reflete a análise de dados de mercado, considerando fatores como volume de contratos em aberto e precificação no mercado de opções de Copom”, explicou Felipe Uchida, sócio e head de análises quantitativas da Equus Capital.

De acordo com Uchida, a metodologia utilizada pelo Boletim Focus, baseado na mediana das expectativas de mais de 120 instituições financeiras, dificulta a determinação exata das probabilidades para cada cenário. Já o IEPS oferece uma visão mais específica, destacando o sentimento predominante do mercado.

A dinâmica do mercado e as projeções da Selic

O mercado de opções de Copom registrou um aumento no número de contratos em aberto, passando de 10.302 para 10.623. Isso reforça a movimentação em torno da possível elevação da Selic, que pode atingir o maior patamar em quase 20 anos, com efeitos diretos sobre o crédito, os investimentos e o consumo no Brasil.

“Embora o efeito Trump, relacionado à queda do dólar impulsionada pelas políticas externas dos EUA, tenha gerado impacto nos mercados globais, as projeções para a Selic permanecem focadas nos fundamentos domésticos”, destacou Uchida. Ele ainda pontuou que o ajuste na taxa básica de juros reflete a tentativa de conter pressões inflacionárias no cenário interno.

Selic e suas implicações na economia

A Selic, definida pelo Copom, é a taxa básica de juros da economia brasileira, influenciando diretamente o custo do crédito, os investimentos financeiros e o controle inflacionário. Quando o Banco Central aumenta a taxa, busca reduzir o consumo e os investimentos, aliviando pressões inflacionárias. Em contrapartida, cortes na Selic tendem a estimular a atividade econômica.

Essa estratégia, no entanto, vem acompanhada de desafios. Recentemente, o governo anunciou o estudo de medidas para mitigar pressões inflacionárias, como a redução de alíquotas de importação de produtos de alto custo. A alternativa, conforme sinalizado, busca evitar ações mais drásticas, como o congelamento de preços.

Perspectivas para o mercado e a economia

Com a Selic em foco, o mercado mantém atenção às decisões do Banco Central e suas implicações. Analistas apontam que a manutenção de uma política monetária austera será essencial para controlar a inflação sem comprometer a recuperação econômica. Além disso, a discussão sobre medidas complementares pelo governo reforça a complexidade do cenário econômico atual.

Como concluiu Uchida, “as expectativas estão ancoradas em dados internos, demonstrando que o ajuste na política monetária no Brasil é uma resposta direta aos desafios econômicos locais, não às dinâmicas internacionais”.


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