Primeira semana de Trump alivia mercado e favorece emergentes, avalia estrategista

Primeira semana de Trump alivia mercado e favorece emergentes, avalia estrategista

A primeira semana do governo Donald Trump foi marcada por expectativas em relação à sua postura sobre tarifas e imigração, temas centrais de sua campanha. Segundo William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue, o mercado reagiu com certo alívio à moderação apresentada pelo presidente em seus primeiros movimentos.

“Os primeiros dias mostraram-se mais brandos do que o mercado imaginava, especialmente em relação às tarifas”, explicou Alves. Durante a campanha, Trump prometeu a imposição de tarifas de até 25% sobre o México e o Canadá, o que gerou preocupações com possíveis impactos inflacionários e a intensificação de guerras comerciais. No entanto, o estrategista destacou que o presidente optou por um tom mais cauteloso.

“Trump indicou que tarifas serão avaliadas caso a caso, com um estudo em andamento cuja conclusão deve ser apresentada em fevereiro”, disse Alves. Essa postura mais gradual e pontual trouxe certo alívio aos investidores, diminuindo os temores de retaliações imediatas por parte de outros países.

Política de imigração: restrição sem deportações em massa

Outro ponto de atenção foi a política de imigração. Durante a campanha, Trump propôs medidas rigorosas, como deportações em massa. Contudo, sua abordagem inicial foi diferente. Alves ressaltou que, em vez de ações drásticas, o presidente focou no reforço das fronteiras. “Ele aumentou o controle, mobilizou forças armadas para apoio, mas evitou deportações imediatas”, comentou.

Essa moderação em relação à imigração e tarifas abriu espaço para um cenário mais positivo nos mercados. Alves destacou que o dólar perdeu força em relação a moedas emergentes, permitindo uma boa performance do real. “A postura menos agressiva do governo foi um dos fatores que favoreceram as moedas emergentes nesta última semana”, afirmou.

Moedas emergentes se destacam no cenário global

Além disso, areação do mercado às ações de Trump beneficiou ativos de países emergentes. O real, por exemplo, registrou um desempenho positivo, impulsionado pela diminuição das tensões comerciais e pelo enfraquecimento do dólar. De acordo com Alves, o índice DXY, que mede o dólar frente a uma cesta de moedas, também mostrou sinais de estabilização.

“Essa combinação de fatores abriu espaço para uma recuperação das moedas emergentes, demonstrando que o mercado está atento à moderação das políticas americanas”, concluiu o estrategista.

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