Estratégias para se proteger da inflação: veja quais as melhores oportunidades?

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Com o cenário inflacionário projetado para 2025 apontando para níveis ainda desconfortáveis, proteger o patrimônio e buscar retornos reais acima da inflação se torna uma prioridade para investidores. Segundo Marco Saravalle, estrategista-chefe da MSX Invest, o ano promete desafios inflacionários que exigem atenção redobrada na composição das carteiras. “A expectativa para 2025, segundo as projeções do Boletim Focus, é de uma inflação ainda aquém da meta. Por isso, é fundamental buscar ativos que preservem e aumentem o poder de compra do patrimônio, mesmo em um contexto de preços elevados”, explicou Saravalle.

Títulos indexados à inflação: A base de proteção

Os títulos públicos atrelados ao IPCA, como o IPCA+ do Tesouro Direto, são considerados os instrumentos mais diretos e eficientes para enfrentar a inflação. Esses papéis oferecem retornos reais acima do índice de preços, garantindo que o investidor obtenha um prêmio além da inflação.

Com IPCA+ 7%, 8%, ou até 10%, esses títulos não apenas protegem o patrimônio, mas entregam retornos robustos em períodos de alta inflação. Mesmo os títulos mais longos podem ser boas opções, já que oferecem segurança e rentabilidade consistente“, destacou Saravalle.

Ações: Empresas resilientes a preços elevados

No mercado de ações, algumas empresas possuem modelos de negócio que naturalmente se ajustam à inflação. Como exemplo, Saravalle citou a CCR, do setor de concessões rodoviárias, cujas tarifas de pedágio são atualizadas por índices inflacionários, como o IPCA.

Empresas que têm contratos indexados à inflação conseguem repassar os reajustes de preços, o que pode resultar em margens maiores e, consequentemente, maior rentabilidade. É importante, no entanto, avaliar os contratos e os riscos específicos de cada empresa“, apontou.

Investimentos internacionais: Proteção cambial e diversificação

Outro pilar importante na estratégia contra a inflação é a alocação em ativos internacionais, especialmente em cenários de desvalorização cambial. Apesar da recente valorização do real, Saravalle acredita que manter uma exposição global pode ser uma boa alternativa.

Ativos internacionais podem trazer proteção em caso de desvalorização do real ao longo do ano. Além disso, eles permitem acessar mercados e economias menos impactados por fatores locais, oferecendo diversificação e estabilidade à carteira“, explicou o estrategista.

Além dos títulos públicos, os investidores podem explorar opções no mercado de crédito privado indexado à inflação, que também oferecem retornos competitivos. Saravalle ressalta a importância de manter uma carteira diversificada, composta por ativos que acompanhem índices como o IPCA+. “É fundamental ter uma carteira bem estruturada e diversificada para superar os desafios inflacionários. Estamos falando de retornos bastante expressivos, como IPCA+ 7% ou até 10%, o que é muito significativo para qualquer investidor“, afirmou.

Planejamento é essencial

Com a inflação ainda no radar, 2025 promete ser um ano de desafios e oportunidades para quem se planejar. Segundo Saravalle, o segredo está em alinhar objetivos de longo prazo com uma diversificação bem pensada entre ativos que ofereçam proteção e rentabilidade.

“O mais importante é construir uma estratégia sólida que proteja o patrimônio e permita aproveitar os retornos reais oferecidos pelo mercado, sempre acompanhando o cenário econômico“, concluiu.

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