Corte de impostos e produtividade: Quais serão os primeiros passos de Trump? Economista avalia

Corte de impostos e produtividade: Quais serão os primeiros passos de Trump? Economista avalia

Donald Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos em 20 de junho de 2024 com promessas de desregulamentar setores estratégicos da economia. Segundo VanDyck Silveira, economista e comentarista do programa BM&C News, a principal expectativa do mercado recai sobre medidas que visam simplificar burocracias, reduzir regulações e estimular a produtividade em setores como energia e finanças.

“O nome do jogo é desregulamentação. Essa é a promessa mais relevante de Trump, com impacto direto na economia”, afirmou Silveira durante a entrevista. Ele destacou a criação do Departamento de Eficiência Governamental, liderado por Elon Musk e Vivek Ramaswamy, como um movimento para cortar barreiras burocráticas.

Energia e tecnologia como motores do crescimento

O setor de energia é um dos principais focos da administração Trump. VanDyck Silveira explicou que a desregulamentação busca liberar a produção em áreas federais, incluindo técnicas de fracking para a geração de energia barata. Ele ressaltou que essa estratégia pode abastecer indústrias de alta demanda, como a inteligência artificial, e aumentar a competitividade americana.

“Essa medida não apenas reduz custos, mas também fortalece a balança comercial dos EUA, que já desponta como um grande exportador de gás natural”, destacou. A Europa é um dos principais mercados potenciais, especialmente diante da crise energética agravada pela guerra entre Rússia e Ucrânia.

Riscos fiscais e política de impostos

Outro ponto central da nova era é a promessa de cortes de impostos. Embora a medida possa estimular o consumo e os investimentos, Silveira alertou para os riscos fiscais. “Os cortes de impostos podem aprofundar o endividamento do país, que hoje ultrapassa 120% do PIB”, disse ele. A dívida pública americana, segundo o economista, coloca pressão sobre o Federal Reserve, que pode ser forçado a rever as taxas de juros.

Com a desregulamentação, também há previsões de revisões nos compromissos ambientais assumidos pelos EUA. VanDyck mencionou que Trump deve priorizar o crescimento econômico, mesmo que isso implique cortes severos em relação ao Pacto de Paris e outras iniciativas ambientais.

“A combinação de energia barata, desregulamentação financeira e inovação tecnológica posiciona os EUA como um player dominante”, concluiu Silveira. O economista destacou que o país tem potencial para ampliar sua influência global e impulsionar setores-chave, apesar dos desafios fiscais e políticos.

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