Por que os preços dos combustíveis sobem mesmo sem reajustes da Petrobras? Veja

Por que os preços dos combustíveis sobem mesmo sem reajustes da Petrobras? Veja

Na primeira quinzena de janeiro de 2025, a gasolina registrou alta de 0,16%, alcançando o valor médio de R$ 6,30 por litro em todo o país. O etanol também acompanhou essa tendência, com aumento de 0,47%, sendo comercializado a R$ 4,28 em média. Os dados são do o do u00dndice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), que analisa transações realizadas em mais de 21 mil postos credenciados no Brasil.

De acordo com Douglas Pina, Diretor-Geral de Mobilidade da Edenred Brasil, “a alta dos combustíveis reflete um cenário complexo, influenciado por fatores como a elevação do dólar, custos logísticos e condições de infraestrutura regionais”. Ele explicou que o impacto acumulado desses fatores tem pressionado os preços desde o último trimestre de 2024.

Variações regionais no preço dos combustíveis

Os preços dos combustíveis variaram consideravelmente entre as regiões brasileiras:

  • Região Norte: A gasolina foi vendida a R$ 6,81, enquanto o etanol alcançou R$ 5, representando a maior alta regional.
  • Região Sudeste: Apresentou os menores preços, com a gasolina a R$ 6,16 e o etanol a R$ 4,21. Apesar disso, ambas as médias registraram leve aumento.
  • Região Sul: Estabilidade nos preços, com a gasolina a R$ 6,21 e o etanol a R$ 4,48.
  • Centro-Oeste: As maiores altas nacionais ocorreram aqui, com o etanol subindo 1,20% e a gasolina, 0,96%.

Estados com os maiores e menores preços

Os estados também apresentaram contrastes significativos. No Acre, o preço médio da gasolina foi o mais alto do país, atingindo R$ 7,44. Por outro lado, a Paraíba registrou o menor valor, com a gasolina a R$ 6,08.

“O etanol continua sendo uma opção financeiramente viável para muitos motoristas, especialmente em estados como São Paulo, onde o preço médio foi de R$ 4,07”, acrescentou Douglas Pina.

Por que os combustíveis estão subindo sem reajustes da Petrobras?

Especialistas apontam que a alta nos combustíveis não depende apenas dos reajustes da Petrobras. Roberto James, especialista em comportamento de consumo e mercado de combustíveis, explicou que “os custos de importação e a volatilidade do dólar são determinantes para o aumento dos preços”. Segundo ele, as distribuidoras precisam cobrir despesas e garantir retorno sobre o investimento, o que influencia diretamente os custos repassados ao consumidor.

James também ressaltou que, “ao manter os preços internos abaixo da paridade internacional, a Petrobras indiretamente favorece ajustes arbitrários de empresas privadas”, contribuindo para a dinâmica de alta no mercado de combustíveis.


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