Opinião: “a vale não vale o que vale”

Em 2014, quando a China anunciou ao mundo que ia revitalizar as suas cidades, o minério de ferro subiu em escala global. A Vale, uma das maiores mineradoras do mundo, pegou carona e acabou precificando esse acontecimento. Depois disso, a Vale teve um contratempo, uma tragédia em Brumadinho, que fez com que a ação voltasse a ser negociada a R$ 45.

Aos poucos, a Vale foi ganhando a confiança do investidor, mesmo com um pagando pesado pelas autoridades ambientais. De lá para cá, a ação queridinha de muitos investidores e recomendadas por analistas sofreu uma derrocada por conta de um consumo menor global. Até então, ela continuou sendo recomendada em suas carteiras, pelas principais casa de análises em 2022, 2023 e 2024. Só que a Vale não subiu, a China não consumiu, e o investidor viu a ação derreter mais de 50% do seu topo histórico. Recentemente, essa semana, nós tivemos uma saída significativa de 5% da COSAN, o equivalente a R$ 173 milhões de ações, que comprou a R$ 66,02 e vendeu próximo aos R$ 52. Uma perda de quase R$ 3 bilhões.

E mesmo assim, a Vale se mantém no limbo, mas com uma perspectiva até que mais otimista, porque a China está mostrando que voltou a consumir um pouco mais. É claro que a gente tem que ficar atento às taxações impostas pelos Estados Unidos, que pode ter uma redução na demanda global, pela commodity, pelo minério de ferro. Mas uma perspectiva melhor de China pode ser um fator positivo para a Vale ganhar força, já que ela trabalha no fundo do poço. E mais, a Vale tem apresentado melhora na qualidade de minério de ferro, isso faz com que o minério valorize por gastar menos energia para virar aço, e isso contribuiria para um fluxo de caixa maior.. Para o investidor de Vale, que está com ela na ação, o que resta é acreditar que teremos um ano positivo para a companhia. Agora, para quem não está no ativo, vale a pena colocar no radar, porque uma mineradora desse tamanho não pode ficar de fora de uma carteira bem recomendada.

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