Qual o futuro da Suzuki após se tornar uma marca de um carro só?

A Suzuki chegou ao Brasil na década de 90, mas a terceira década do fabricante em nosso mercado está sendo bem diferente. Afinal, ela se tornou uma marca de um modelo só e sem grandes expectativas de mudança.  

O futuro da Suzuki no Brasil parece bem incerto. Executivos da marca sequer tem uma expectativa de número de lançamentos para 2025 ou 2026. Muitas marcas preferem fazer suspense e não revelar tão cedo os modelos que pretende estrear no mercado. Mas costumam dar alguma pista para alimentar a curiosidade do público e manter o seu nome nas buscas do Google.  

A Ford, por exemplo, não tem mais fábricas no Brasil, mas têm mantido um bom ritmo de vendas e um calendário interessante de lançamentos. Só para 2025 a fabricante americana prometeu dez novidades. A Jaguar está passando por uma profunda restruturação de marca e ficará mais de um ano sem lançar um carro mundialmente. Mas sabemos que em 2026 teremos novidades. 

Já a Suzuki ainda não definiu sua estratégia para o nosso mercado. Executivos dão entrevistas sem oferecer nada de concreto. Uma data, um modelo, uma promessa de lançamento. Enquanto isso, a marca se mantém com as vendas do solitário Jimny Sierra. Em 2025, foram 1301 emplacamentos, sendo 73 do Jimny com visual antigo. Mas o que levou a Suzuki a um cenário tão pacato? 

Por que a Suzuki continua com apenas um carro no Brasil?  

Alguns fatores levaram a Suzuki a ter que dizer adeus aos seus últimos modelos comercializados no Brasil, como o Vitara e o S-Cross. Um deles é que seus modelos não se adaptavam as novas regras de emissões e para a marca não valia a pena investir em adaptações para que eles atendessem as exigências. Afinal, eles também enfrentavam baixas nas vendas.  

O Vitara e o S-Cross não conseguiam entrar no páreo com marcas como Toyota, Hyundai, Jeep, Volkswagen. A enxurrada de SUVs no Brasil nos últimos anos só tornou a existência dos modelos da Suzuki mais difíceis por aqui. Além de terem valores mais altos que a concorrência, não tinham uma proposta que os destacavam.  

As vendas muitas vezes eram mais motivadas pela reputação que a marca construiu, pela fidelidade de alguns consumidores, do que diferenciais do produto. Diferente do Suzuki Jimny Sierra, que praticamente um ocupa um nicho sem concorrência.

Além disso, embora visto como caro pelos consumidores de SUVs, ele é visto como uma alternativa interessante por quem sonha com um carro com a capacidade off-road de um Land Rover Defender, mas não pode investir valores tão elevados. A boa notícia é a confirmação de que não tem planos de tirar o Jimny de linha.  

Bem, até aqui explicamos como a Suzuki chegou ao cenário de apenas um modelo em seu portfólio. Mas ela continuará assim? Não teremos novos modelos nos próximos meses? Como explicamos no começo dessa conversa, a Suzuki ainda não definiu sua nova estratégia para o Brasil. Porém, a marca já deu indícios de estar flertando com a ideia de trazer carros indianos para cá.  

O que poderia ser uma boa sacada para a marca, pois conseguiria ser mais agressiva em termos de valores para ganhar vantagem diante de outras marcas que dominam o mercado e além disso atenderiam um público que sonha com o carro zero-quilômetro, mas que não encontra opções tão acessíveis. No entanto, essa é só mais uma dessa especulações que só o tempo irá responder. Vejamos os próximos capítulos da marca.  

Como você acha que será o futuro da Suzuki no Brasil? Escreva nos comentários.  

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