Ingressos para shows terão limite de preço na revenda no Reino Unido – entenda

Público em festival de música

Após anos de discussões sobre as vendas de ingressos realizadas por cambistas, o governo do Reino Unido anunciou propostas inovadoras para mudar certos aspectos do setor.

A ação, que foi elogiada por representantes da indústria musical, indica que o preço pelo qual os ingressos para eventos ao vivo podem ser revendidos será limitado a partir de uma nova regra.

De acordo com o The Guardian, a ministra da cultura do Reino Unido, Lisa Nandy, aponta que a nova determinação pretende acabar com o sofrimento dos fãs que são constantemente explorados por cambistas, que muitas vezes conseguem obter altos lucros vendendo grandes quantidades de ingressos ao longo do ano.

A proposta também irá analisar os preços dinâmicos, que passaram a ser adotados em um modelo controverso usado, por exemplo, pelo Oasis na venda de sua turnê de reunião, que fez com que fãs que estavam em filas online vissem ao final da compra valores muito maiores dos ingressos do que os preços anunciados anteriormente.

Novas propostas para limitar as vendas de ingressos por cambistas

Há muito tempo, representantes de diversos setores da arte e políticos tentam impedir que revendedores profissionais acumulem ingressos às custas dos fãs e os vendam por grandes margens de lucro em parceria com plataformas como Viagogo e StubHub, que ficam com uma parte dos lucros.

Para colocar em prática a nova proposta, a ideia é limitar os preços de revenda a um aumento de 30% e também impor um teto ao número de ingressos que os revendedores podem anunciar, para que este corresponda ao máximo que eles têm permissão para comprar no mercado primário.

Um porta-voz do grupo de campanha da indústria musical FanFair Alliance apontou sobre as novas determinações:

“Essas medidas sugeridas são potencialmente transformadoras. Outros países, notavelmente a Irlanda, demonstraram como a legislação para impedir a revenda de ingressos com fins lucrativos pode coibir massivamente as práticas ilegais e anticonsumidor de vendedores de ingressos online e plataformas de revenda offshore. O Reino Unido simplesmente precisa seguir o exemplo deles.”

A proposta também inclui a criação de normas legais para sites e aplicativos de revenda, para que eles sejam responsabilizados pelos padrões comerciais e pelo órgão de defesa da concorrência pela precisão das informações que fornecem aos compradores. Sobre a ação, a ministra da cultura declarou:

“A chance de ver seus músicos ou times esportivos favoritos ao vivo é algo que todos nós gostamos e todos merecem uma chance justa de conseguir ingressos – mas por muito tempo os fãs tiveram que aguentar a miséria de cambistas aspirando ingressos para revenda a preços extremamente inflacionados.”

O músico e DJ Fatboy Slim também está otimista com as novas medidas e apontou:

“É ótimo ver o dinheiro sendo devolvido aos bolsos dos fãs em vez de revendedores”.

Será que a moda pega?

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