Queda nas apostas para inflação e Super Quarta: O que mexe com a renda fixa e o Tesouro Direto nesta semana

A última semana foi marcada pela divulgação dos dados de inflação tanto no Brasil, quanto nos Estados Unidos. Por aqui, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o IPCA subiu 1,31% em fevereiro, indicando uma aceleração em relação à alta de 0,16% apurada em janeiro.

No exterior, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,2%. Agora, a inflação norte-americana acumula alta de 2,8% em 12 meses.

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Com isso no radar, os juros futuros brasileiros encerraram com forte fechamento ao logo da curva. As taxas de juro real tiveram queda, com as NTN-Bs (Tesouro IPCA+) se consolidando em patamares próximos aos 7,73%, de acordo com a leitura da equipe da XP Investimentos.

Entre os títulos do Tesouro, os papéis fecharam positivos durante a semana. O destaque de maior valorização no período foi a LTN 2030, com 0,81%, e a menor variação ficou com LFT 2028, com 0,24%.

Já no mercado secundário de crédito privado brasileiro, os spreads das debêntures indexadas ao CDI terminaram em queda. O índice IDEX-DI fechou em 2,08%, contra os 2,12% da semana anterior.

Os prêmios das debêntures isentas tiveram uma alta, ainda de acordo com a XP. O fluxo médio diário de negociações foi de R$ 442 milhões em debêntures não incentivadas, R$ 840  milhões em debêntures incentivadas, R$ 216 milhões em CRIs e R$ 142 milhões em CRAs.

O que mexe com a renda fixa e o Tesouro Direto nesta semana?

A semana começa com o mercado recebendo as novas projeções do Relatório Focus. As apostas para a inflação de 2025 desaceleraram de 5,68% para 5,66% no Boletim Focus desta segunda-feira (17), após 22 semanas sem cortes.

Nesta semana, acontecem os dois dias das reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom). Na terça-feira (18), além do primeiro dia de reunião, o mercado recebe dados do Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10).

O governo também se prepara para o início das votações sobre o Orçamento de 2025 no Congresso. O texto deveria ter sido analisado e votado no final do ano passado, mas acabou travando após um embate envolvendo a liberação de emendas parlamentares. A previsão é de que a votação inicie na terça.

Sem apoio de outros indicadores, o mercado acompanha apenas a Super Quarta (19), na qual terá o segundo dia das Reuniões do Copom e do Federal Open Market Committe (FOMC). Já na quinta (20) e sexta-feira (21), a agenda está esvaziada.

Vale destacar que as expectativas são de uma alta de 1 pontos percentual na Selic, subindo para 14,25%, e de manutenção nas taxas norte-americanas no atual patamar de 4,25%-4,50%.

Na agenda internacional, os investidores se preparam para dados como Vendas no Varejo, Índice NAHB de Mercado Imobiliário, Índice Empire State de Atividade Industrial, Produção Industrial e os Pedidos Semanais por Seguro-Desemprego dos Estados Unidos.

*Com Vitória Pitanga 

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