Mesmo após a polêmica, Receita Federal monitora o total de transações via Pix; entenda

Desde janeiro de 2025, a Receita Federal intensificou o monitoramento das transações financeiras realizadas via Pix e outros meios de pagamento.

Agora, todas as operações superiores a R$ 5.000 mensais para pessoas físicas e R$ 15.000 para empresas devem ser informadas pelos bancos ao órgão fiscalizador.

Esse monitoramento não se limita a transações individuais, mas leva em consideração o somatório das operações realizadas no mês.

Ou seja, 10 transferências de R$ 500 ou 5 transações de R$ 1.000 serão monitoradas da mesma forma que uma única operação de R$ 5.000.

A Instrução Normativa 2.219/2024 determina que todas as instituições financeiras e empresas de pagamento reportem esses valores de forma consolidada à Receita Federal, sem incluir informações sobre os destinatários ou a finalidade dos pagamentos.

Quais transações serão monitoradas?

A Receita Federal terá acesso às movimentações financeiras que ultrapassarem os limites estabelecidos, incluindo:

  • Transferências bancárias: TED, DOC, cheques e pagamentos digitais.
  • Pagamentos via carteiras digitais: Como PayPal, Mercado Pago e PicPay.
  • Transações com criptomoedas: Compras e vendas de ativos digitais.
  • Uso de cartões de crédito e débito: Somando os gastos mensais.
  • Operações via Pix: Incluindo transferências e pagamentos a empresas.

O que muda para os contribuintes?

Embora a medida tenha gerado polêmica, as novas regras não criam novos impostos ou tributos, garantindo que as transações continuarão sem cobrança adicional.

Além disso, o sigilo bancário dos usuários permanece protegido, já que a Receita Federal só recebe as informações consolidadas sobre os valores movimentados, sem detalhes sobre os destinatários ou a finalidade dos pagamentos.

Os dados devem ser enviados pelos bancos semestralmente, o que significa que o monitoramento não interfere diretamente na rotina financeira dos contribuintes. O objetivo da medida é aumentar a transparência das operações financeiras e fortalecer o combate à sonegação fiscal.

Se o contribuinte movimentar valores incompatíveis com sua renda declarada, ele poderá ser solicitado a prestar esclarecimentos à Receita Federal.

Especialistas recomendam que os usuários mantenham registros detalhados das movimentações e declarem corretamente suas receitas para evitar problemas fiscais. Caso haja dúvida sobre a necessidade de declarar algumas operações, é aconselhável buscar orientação contábil.

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