Brasil não vai retaliar imediatamente tarifas de Trump sobre aço e alumínio, diz Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (12) que o governo brasileiro não vai retaliar imediatamente os Estados Unidos pela tarifa adicional sobre o aço e o alumínio. Tais taxas entraram em vigor hoje.

Segundo o ministro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu calma na análise do tema. “Colocando em primeiro lugar a mesa de negociação que está aberta já com o governo americano e que foi bem-sucedida em outros momentos do passado recente, quando atitudes semelhantes foram tomadas e revertidas em benefício do comércio bilateral, nós estamos começando a estudar propostas do setor”, afirmou.

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Haddad disse, em entrevista a jornalistas, que o Ministério da Fazenda vai estudar propostas apresentadas pelo setor de aço e vai elaborar uma nota técnica sobre o tema para subsidiar o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

“Eles estão imaginando formas de negociar, com argumentos muito consistentes, de que os Estados Unidos só têm a perder, porque o nosso comércio é muito equilibrado e, na verdade, as nossas vendas não são revendas”.

O ministro lembrou ainda que as tarifas têm repercussões para o próprio país. “Essa taxação acaba encarecendo para o consumidor americano os produtos importados. Tem uma repercussão ruim na inflação americana, embora esteja sendo contratada uma redução dos juros nos EUA”, afirmou.

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