Petróleo cai mais de 2% com Opep+ e tarifas de Trump; barril fecha abaixo de US$ 70

Os preços do petróleo registraram uma forte queda em meio a expectativa de aumento de produção do óleo pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) e as negociações de um acordo de paz entre a Ucrânia e a Rússia, mediado pelos Estados Unidos.

Nesta quarta-feira (5), os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para abril, caíram 2,44%, a US$ 69,30 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.

Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para março recuaram 2,85%, a US$ 66,31 o barril, em New York Mercantile Exchange (Nymex).

O que mexeu com o petróleo hoje?

Hoje (5), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky afirmou que está pronto para trabalhar “sob a forte liderança de Trump” para um possível acordo de paz com a Rússia.

“Hoje nossas equipes ucraniana e norte-americana começaram a trabalhar em uma reunião”, disse Zelensky em tradicional discurso noturno. “Há um movimento positivo. Esperamos obter os primeiros resultados na próxima semana.”

As falas apontaram para um possível alívio entre as tensões entre Zelensky e Trump, cerca de uma semana após a discussão entre as autoridades no Salão Oval da Casa Branca, e proximidade de um fim da guerra.

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Além disso, os estoques de petróleo dos Estados Unidos aumentaram mais do que o esperado na semana passada e puxaram os preços do petróleo.

Os estoques de petróleo aumentaram em 3,6 milhões de barris, para 433,8 milhões de barris na semana, de acordo com dados do Departamento de Energia do país (AIE, na sigla em inglês). Os  analistas consultados pela Reuters esperavam um aumento de 341.000 barris.

A forte queda foi limitada por falas do chefe do Departamento de Comércio norte-americano, Howard Lutnick. Ele disse Trump tomaria a decisão final sobre a concessão de qualquer alívio nas tarifas para determinados setores, na Bloomberg TV.

Embora Lutnick tenha dito que a tarifa de 25% cobrada sobre o Canadá e o México permaneceria, o alívio em consideração eliminaria a tarifa de 10% sobre as importações canadenses de energia, como petróleo e gasolina, que cumprem as regras de origem do Acordo EUA-México-Canadá, disse uma fonte familiarizada com as discussões.

*Com informações de Reuters

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