5 ótimas músicas que acabaram envolvidas em crimes na vida real

AC/DC está entre bandas que inspiraram crimes da vida real

Certamente, você já ouviu algum artista por aí falando sobre como qualquer música, quando lançada ao mundo, passa a estar sujeita à interpretação de cada pessoa que a consome. Isso inclui, infelizmente, visões completamente distorcidas dessas canções, que acabam inspirando atitudes péssimas.

Bandas como The Beatles e Linkin Park são conhecidas por seus fãs fervorosos, que consomem as belas mensagens das composições de seus ídolos com muita reverência e respeito pelas intenções originais. Ao mesmo tempo, as duas já foram citadas em processos criminais, sendo “culpadas” por acontecimentos terríveis.

Inspirado em uma lista do portal Far Out, o TMDQA! separou logo abaixo 5 vezes em que ótimas músicas sofreram interpretações bizarras e acabaram sendo envolvidas em crimes da vida real.

Guns N’ Roses – “Used to Love Her”

Em 2012, um homem chamado Thomas Michael Wilhelm foi acusado de matar sua namorada Christine Marie Murray, aparentemente como vingança por ela ter tomado a frente de um negócio que ele administrava há tempos.

O curioso da história é que o Guns N’ Roses acabou sendo peça chave na investigação, uma vez que um dos promotores responsáveis pelo caso apontou que Thomas estava ouvindo a música “Used to Love Her” pouco antes de supostamente cometer o crime – na letra, Axl Rose canta o verso “eu costumava amá-la / mas tive que matá-la”.

Apesar dos versos de mau gosto, de acordo com o vocalista, a música presente no álbum G N’ R Lies foi escrita como uma “piada”. Ele falou isso em 1988, durante um show em Tóquio:

“Escrevemos a maior parte das nossas músicas com base em um elemento de verdade. Essa é meio que a única música que escrevemos como uma espécie de fantasia ou piada. É meio que um assunto mórbido, mas sabe, às vezes você pensa nisso quando sua namorada ou seu namorado estão te enchendo a porra do saco e você queria só poder cortar a porra da cabeça deles e colocá-la em um saco e jogar no quintal.”

Linkin Park – “In the End”

Parece inacreditável, mas é verdade: o Linkin Park já esteve envolvido em um escândalo terrível. É claro que a banda em si não teve nada a ver com a situação, mas o jovem Charles Andrew Williams, de apenas 15 anos, abriu fogo na Santana High School em Santee, na Califórnia, e eventualmente o grupo se viu envolvido no crime que tirou as vidas de dois estudantes e feriu outros 13.

Atualmente preso, Williams cometeu o crime em 5 de Março de 2001, e parece ter sido “inspirado” pela letra de “In the End”. O jovem deixou um bilhete endereçado ao seu pai antes do ataque, que trazia aspas do hit lançado em 2000:

“I tried so hard, and got so far, but in the end it doesn’t really matter”

A banda, vale deixar claro, emitiu um comunicado logo após o atentado e se disse “extremamente triste pelos eventos”, oferecendo suas simpatias às vítimas. Complicado…

AC/DC – “Night Prowler”

Não é segredo para ninguém que acompanha true crime que o mundo dos serial killers é acompanhado por um grande espetáculo midiático – especialmente nos Anos 80. Um dos grandes exemplos disso é Richard Ramirez, assassino e estuprador em série que tirou dezenas de vidas na região de San Francisco naquela época.

Apesar de todo o terror causado por Richard, a mídia não deixou de apelidá-lo de acordo com sua forte ligação ao AC/DC, já que há relatos de que ele teria se inspirado na música “Night Prowler”, cujo título significa algo como “Gatuno da Noite” em tradução livre. Para Ramirez, a música contava a história de alguém que invadia o quarto de uma namorada na madrugada para matá-la, e assim ele passou a ser chamado de “Night Prowler” até a revelação de sua identidade.

Na época, inclusive, a faixa do disco Highway to Hell fez o AC/DC ser alvo de protestos por parte de famílias dos EUA. Curiosamente, seja por esse incidente ou não, a música nunca foi tocada ao vivo pela banda.

KMFDM – “Stray Bullet”

Pioneira do Rock Industrial na Alemanha, a banda KMFDM acabou ficando muito conhecida nos EUA por motivos completamente distantes da filosofia do grupo. Isso por causa do infame massacre de Columbine, que aconteceu em Abril de 1999 e foi causado por Eric Harris e Dylan Klebold – e o primeiro foi responsável pela má fama dos alemães.

Pouco antes de realizar o terrível ataque à escola, Eric Harris postou a letra de “Stray Bullet”, do KMFDM, em seu site. A faixa traz trechos como “Eu sou seu pesadelo se tornando realidade / Eu sou seu pior inimigo / Eu sou seu mais querido amigo / Malignamente malévolo / Eu sou de descendência divina”, além do título significar “bala perdida”.

Mesmo com a banda ativamente se posicionando contra tudo que aconteceu, reforçando através de uma mensagem do frontman Sascha Konietzo seus valores anti-guerra, anti-fascismo e anti-violência, o KMFDM acabou se tornando tópico de conversa novamente em 2024, quando a adolescente Natalie Rupnow abriu fogo em um colégio em Wisconsin, nos EUA, e foram recuperadas fotos dela usando uma camiseta do grupo.

The Beatles – “Helter Skelter”

É claro que o caso mais emblemático envolve a banda mais famosa de todos os tempos. Com o tamanho do sucesso dos Beatles, era impossível controlar a interpretação de tudo que o Fab Four fazia – mas ninguém poderia imaginar que alguém como Charles Manson teria uma interpretação tão distorcida da mensagem da banda.

O “guru” e líder de culto ficou conhecido por sua obsessão com o disco autointitulado dos Beatles de 1968 (mais conhecido como White Album) e acreditava que o grupo britânico havia feito uma “profecia” de sua visão, que indicava uma “guerra das raças”.

Usando “Helter Skelter” (e muito LSD) como base para as suas convicções inacreditáveis, Manson deu a ordem para o que viriam a ser os assassinatos de Sharon Tate, Jay Sebring, Abigail Folger, Wojciech Frykowski, Steven Parent, Leno LaBianca e Rosemary LaBianca, que estão entre os mais marcantes da história mundial.

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