Nem Milei esperava! CORECON-SP reage a prêmio polêmico

Presidente da Argentina apoia cГѓВўnticos RACISTAS? Entenda

O Conselho Regional de Economia do Estado de São Paulo (Corecon-SP) divulgou uma nota oficial nesta quarta-feira (26) manifestando “surpresa” com a decisão da Ordem dos Economistas do Brasil (OEB) de conceder ao presidente da Argentina, Javier Milei, o título de “Economista do Ano”. Segundo o Corecon-SP, a OEB “não representa os economistas brasileiros” e sua premiação não reflete a posição das entidades que possuem legitimidade para falar em nome da categoria no país.

A condecoração ao líder argentino foi anunciada pelo presidente da OEB, Manuel Enriquez Garcia, e gerou reações imediatas dentro do setor. Em comunicado, o Corecon-SP fez questão de esclarecer que a OEB é uma organização da sociedade civil com “pouquíssimos associados” e que, diferentemente do Conselho Federal de Economia (Cofecon), não tem qualquer atribuição legal para regulamentar ou representar oficialmente a classe dos economistas no Brasil.

A referida Ordem é uma organização da sociedade civil com pouquíssimos associados com suas contribuições em dia e representa somente esse restrito público“, pontuou a nota do Corecon-SP.

Conflito entre entidades e passado controverso

Na nota divulgada, o Corecon-SP também levantou um ponto sensível sobre o presidente da OEB, Manuel Enriquez Garcia, destacando que ele teve seu registro profissional suspenso pelo Cofecon por questões éticas. Além disso, o Tribunal de Contas da União (TCU) teria considerado procedentes denúncias de irregularidades cometidas por Garcia em sua gestão quando esteve à frente do próprio Corecon-SP, na década passada.

Dessa forma, a entidade paulista questiona a legitimidade da premiação concedida a Milei, reforçando que as únicas instituições reconhecidas oficialmente para representar os economistas no Brasil são o Cofecon e os Sindicatos da categoria.

No Estado de São Paulo, a representação é feita pelo Corecon-SP, que tem mais de 70 anos de regulamentação e conta com cerca de 15 mil Economistas registrados, e o Sindecon-SP“, ressaltou a nota.

O impacto da premiação de Milei e a repercussão no setor

O prêmio “Economista do Ano” concedido ao presidente argentino gerou debates no meio econômico, principalmente devido ao perfil de Javier Milei e suas propostas ultraliberais para a economia da Argentina. Conhecido por sua defesa radical do livre mercado e por medidas controversas como a dolarização da economia argentina, Milei tem sido uma figura polarizadora no cenário econômico global.

A contestação do Corecon-SP abre espaço para um questionamento maior sobre o papel das instituições representativas e a importância da credibilidade em premiações desse tipo. Ao mesmo tempo, evidencia um embate interno entre entidades econômicas no Brasil, especialmente em um momento em que a profissão de economista assume um papel crucial no debate sobre políticas fiscais e monetárias.

Até o momento, a OEB não se manifestou sobre a nota divulgada pelo Corecon-SP. A tendência é que a repercussão continue nos próximos dias, conforme economistas e entidades se posicionem sobre o caso.

Veja a nota oficial:

O Conselho Regional de Economia do Estado de São Paulo vem a público – e em particular aos Economistas – mostrar sua surpresa diante da notícia veiculada na data de ontem (25/02/2025) de que a Ordem dos Economistas do Brasil, através de seu Presidente, Manuel Enriquez Garcia, condecorou o Presidente da Argentina, Javier Milei, como “Economista do Ano”.

Diante deste fato, esclarecemos que o prêmio ao Presidente da Argentina não foi entregue pela entidade que representa os Economistas brasileiros. A referida Ordem é uma organização da sociedade civil com pouquíssimos associados com suas contribuições em dia e representa somente esse restrito público.

As únicas entidades com representação legal dos Economistas brasileiros são o Conselho Federal de Economia, uma autarquia federal que regulamenta e fiscaliza o exercício da profissão (Lei nº 1411/1951) e o Sindicato dos Economistas, que atua na defesa da categoria (CLT, art. 513, alínea “a”). No Estado de São Paulo, a representação é feita pelo Corecon-SP, que tem mais de 70 anos de regulamentação e conta com cerca de 15 mil Economistas registrados, e o Sindecon-SP.

Cabe destacar que o Sr. Manuel Enriquez Garcia teve o seu registro de Economista suspenso pelo Cofecon por questões éticas, tendo o Tribunal de Contas da União (TCU) considerado procedentes as denúncias de irregularidades cometidas em sua gestão quando foi Presidente do Corecon-SP, na década passada.

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