Prefeita e vice têm mandatos cassados por suspeita de favorecer empresário em troca de apoio político


Decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) alega abuso de poder político e práticas vedadas a agentes públicos. Elas não foram afastadas das funções e afirmam que vão recorrer da decisão. Mandatos de prefeita e vice de Rio da Conceição são cassados por abuso de poder político
A prefeita de Rio da Conceição Edinalva Oliveira Ramos (PT) e a vice Cristina Dias (PV) tiveram os mandatos cassados pela Justiça. A decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) aponta abuso de poder e afirma que maquinários da prefeitura teriam sido utilizados em troca de apoio político. As duas podem continuar exercendo os cargos equanto recorrem.
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Além da cassação, cada uma terá que pagar multa de R$ 100 mil. De acordo com o documento, em 2024 maquinários da prefeitura teriam sido utilizados para limpar um lote onde seria construído um posto de gasolina. Esse mesmo posto teria tido facilidades para conseguir o alvará de funcionamento sem a fiscalização adequada, em troca de apoio político.
A denúncia cita que houve atraso no pagamento de alguns servidores públicos que teriam apoiado a chapa concorrente durante a eleição de 2024. O atraso teria sido proposital para prejudicar servidores que declararam abertamente apoio à oposição.
Na decisão, a Justiça cita que foram apresentadas provas como mensagens de áudios, prints de conversas e depoimentos de testemunhas que evidenciam as irregularidades de conduta praticadas.
Por telefone, a prefeita Edinalva Oliveira disse à TV Anhanguera que tanto ela quanto a vice estão tranquilas, pois não cometeram nenhum crime eleitoral e que irão recorrer da decisão. Disse ainda se tratar de uma perseguição política.
Vice-prefeita Cristina Carvalho (PV) e prefeita Edinalva Oliveira (PT) foram cassadas em Rio da Conceição
Reprodução/Redes Sociais
As duas tiveram o mandato cassado, mas não foram afastadas da prefeitura. Prefeita e vice devem seguir nos cargos até que o caso seja julgado por instâncias superiores. De acordo com a Justiça Eleitoral, não há provas suficientes para concluir que a prefeita e a vice têm relação direta com o caso ou não, portanto não foram consideradas inelegíveis.
O TRE informou que vai encaminhar o caso para o Ministério Público para que sejam tomadas as medidas cabíveis em relação ao caso.
Edinalva e a vice foram eleitas com 1.198 votos, o que representa 61,72% dos eleitores. Elas derrotaram o concorrente Gilson Lopes (Republicanos), que teve 793 votos.
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