Neutralidade política é chave para Brasil avançar no comércio global” avalia economista

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Mesmo diante das novas tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos, o Brasil conseguiu manter uma posição relativamente confortável, sendo incluído com uma alíquota de apenas 10%, uma das menores aplicadas. Para Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, essa decisão demonstra que, embora o volume financeiro das exportações brasileiras seja pequeno em termos globais, o país desempenha um papel estratégico nas cadeias de fornecimento, especialmente no setor de alimentos.

Em termos de volume, de fato, somos pequenos. Mas eles (os Estados Unidos) não são bobos de brigar com quem tem a chave da dispensa“, afirmou Sanchez, durante entrevista à BM&C News. O economista destacou que o Brasil é fornecedor essencial para a segurança alimentar dos americanos e que isso pesa nas decisões de política comercial de Washington.

Oportunidade para o setor privado do Brasil

Sanchez reforçou que o empresariado nacional está pronto para aproveitar as oportunidades que se abrem no cenário internacional. Segundo ele, a competência do setor privado — especialmente do agronegócio, da indústria e dos serviços — será fundamental para que o país avance nas cadeias globais de valor.

O empresariado brasileiro é extremamente competente. Eles vão executar o trabalho de maneira muito eficaz“, disse. O economista destacou que, mesmo diante da burocracia e de desafios regulatórios, as associações e lideranças empresariais têm capacidade para conduzir o Brasil a um protagonismo maior no comércio internacional.

Neutralidade política: uma estratégia à la Suíça

Na visão de Sanchez, o governo brasileiro deve adotar uma postura neutra diante das disputas comerciais globais, semelhante à tradicional posição da Suíça. “O simples fato de o Brasil jogar parado, à la Suíça, já será suficiente para que o setor privado conduza as oportunidades“, afirmou.

Para o economista, manter a neutralidade e evitar se envolver diretamente em guerras comerciais permite que o Brasil atue como parceiro comercial estratégico para diferentes blocos econômicos, sem assumir riscos políticos desnecessários. “Deixe que o empresariado e as associações façam o seu trabalho“, reforçou.

Caminho para maior relevância global

Por fim, Sanchez alertou que a baixa relevância histórica do Brasil nas cadeias globais de valor não é uma sentença definitiva. Com uma combinação de neutralidade política e protagonismo empresarial, o país tem a chance de transformar sua posição no cenário internacional.

A nossa relevância não deve ser medida apenas pelo volume financeiro, mas pela importância estratégica dos produtos que fornecemos“, concluiu. Para ele, com o fortalecimento das instituições privadas e uma postura diplomática cuidadosa, o Brasil poderá consolidar seu papel como parceiro global indispensável.

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