Ataque aéreo israelense mata autoridade do Hamas

Um ataque aéreo israelense no sul da Faixa de Gaza matou um líder político do Hamas, Salah al-Bardaweel, informou o grupo militante no domingo, enquanto as autoridades palestinas calcularam em mais de 50.000 o número de mortos em quase 18 meses de conflito.

O Hamas disse que o ataque aéreo em Khan Younis matou Bardaweel e sua esposa.

As Forças Armadas israelenses confirmaram em um comunicado no domingo a morte da autoridade do Hamas no sábado.

“Essa eliminação degrada ainda mais as capacidades militares e governamentais do Hamas”, acrescentaram os militares.

Após dois meses de relativa calma na guerra, os habitantes de Gaza estão novamente fugindo para salvar suas vidas depois que Israel efetivamente abandonou o cessar-fogo, lançando uma nova campanha aérea e terrestre na terça-feira contra o Hamas.

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Explosões ecoaram pelo norte, centro e sul da Faixa de Gaza no início do domingo, quando aviões israelenses atingiram vários alvos nessas áreas, no que testemunhas disseram ser uma escalada dos ataques que começaram no início da semana.

Pelo menos 30 palestinos foram mortos em ataques israelenses em Rafah e Khan Younis no domingo, segundo as autoridades de saúde. Entre os mortos estavam três funcionários municipais, de acordo com os médicos.

Bardaweel era membro do órgão de tomada de decisões do Hamas, o escritório político, e ocupou cargos como o de chefe da delegação do Hamas para as negociações de trégua indireta com Israel em 2009 e liderou o escritório de mídia do grupo em 2005.

“Seu sangue, o de sua esposa e de seus mártires, continuará alimentando a batalha da libertação e da independência”, disse o grupo.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou várias vezes que o principal objetivo da guerra é destruir o Hamas como entidade militar e governamental.

Ele disse que o objetivo da nova campanha é forçar o grupo a entregar os reféns restantes. Israel lançou seu ataque inicial a Gaza depois que os combatentes do Hamas invadiram o sul de Israel em 7 de outubro de 2023, matando 1.200 pessoas e fazendo mais de 250 reféns, de acordo com os registros israelenses.

O Hamas acusou Israel de violar os termos do acordo de cessar-fogo de janeiro ao se recusar a iniciar negociações para o fim da guerra e a retirada de suas tropas de Gaza. Mas o Hamas disse que ainda está disposto a negociar e que estava estudando propostas “intermediárias” do enviado especial do presidente dos EUA, Donald Trump, Steve Witkoff.

Pelo menos 50.021 palestinos foram mortos e 113.274 ficaram feridos desde o início da guerra, informou o Ministério da Saúde em um comunicado no domingo.

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