Qual governo impulsionou mais a economia do Brasil? Estudo analisa os números desde 1990

Um levantamento do Brasil em Mapas analisou a evolução do crescimento econômico brasileiro nas últimas três décadas, mostrando como crises, políticas econômicas e fatores externos impactaram o Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Entre 1990 e 2024, o PIB acumulado cresceu 76%, mas de forma desigual ao longo dos governos, refletindo os desafios e avanços de cada período presidencial.

Instabilidade econômica nos anos 1990

O início da década de 1990 foi marcado por uma forte instabilidade econômica. Durante o governo de Fernando Collor de Mello (1990-1992), o país enfrentou hiperinflação, confisco da poupança e um cenário de recessão profunda.

O resultado foi um PIB acumulado negativo de -3,86%, tornando esse período o pior da série histórica. Com o impeachment de Collor, Itamar Franco assumiu a presidência e implementou o Plano Real, que estabilizou a economia e resultou em um crescimento acumulado de 10,01% até 1994.

Com a consolidação do Real, o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) manteve o controle inflacionário, mas enfrentou desafios como a crise cambial de 1999 e o apagão energético.

No primeiro mandato, o crescimento acumulado foi de 10,37%, reduzindo-se para 9,32% no segundo. No total, os dois mandatos de FHC somaram um crescimento de 19,7%, com média de 2,4% ao ano.

Os anos de crescimento e a crise global

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) representou um período de forte crescimento econômico impulsionado pela alta das commodities e pelo aumento da demanda interna.

No primeiro mandato, o PIB acumulado foi de 14,10%, subindo para 18,56% no segundo – o maior crescimento da série histórica.

A média anual dos dois mandatos foi de 4,1%, impulsionada por investimentos externos, políticas sociais e estabilidade econômica.

No entanto, o Brasil começou a sentir os efeitos da crise financeira global de 2008 no fim do segundo mandato de Lula. Com a eleição de Dilma Rousseff (2011-2016), o crescimento econômico desacelerou.

No primeiro mandato, o PIB acumulado foi de 9,42%, mas o segundo foi marcado por recessão e instabilidade política, resultando em um encolhimento de -6,85%. O impeachment da presidente em 2016 refletiu o agravamento da crise econômica e política.

Recuperação e desafios recentes

O governo Michel Temer (2016-2018) promoveu reformas econômicas e viu um crescimento acumulado de 3,10%, mas enfrentou desafios como a greve dos caminhoneiros.

Em seguida, Jair Bolsonaro (2019-2022) governou durante a pandemia de Covid-19, o que impactou significativamente a economia global. Apesar das dificuldades, o PIB cresceu 5,64% no acumulado de seu mandato.

Atualmente, o terceiro mandato de Lula (2023-2024) apresenta um crescimento acumulado de 6,60%, com média de 3,3% ao ano.

A projeção para o final do governo indica um crescimento entre 10% e 12%, dependendo de fatores como a recuperação econômica global, políticas fiscais e desempenho das commodities.

Confira o panorama em gráfico:

Economia,PIB,Crescimento,Governos,Panorama

*Com informações de Brasil em Mapas

Leia mais:

  • Equidade racial: Governo do Amazonas expande registro de estudantes quilombolas
  • Após ‘pente-fino’, 29 municípios do Amazonas têm aumento de beneficiários do Bolsa Família
Adicionar aos favoritos o Link permanente.