Vai pagar menos? UBS-BB inicia cobertura da Vale (VALE3) e vê sinais de atenção com dividendos

Se a Vale (VALE3) agradou com seus dividendos pomposos do quarto trimestre, o UBS-BB acredita que, olhando para frente, a mineradora terá algumas dificuldades de alinhar as expectativas dos seus acionistas.

Isso porque a casa vê pedras no caminho que podem atrapalhar a distribuição de proventos. O UBS-BB iniciou a cobertura com preço-alvo de US$ 10,5 para as ADRs e recomendação neutra.

Entre os pontos de cautela da corretora está a perspectiva para o minério de ferro. Segundo os analistas, enquanto os preços se manterão estáveis, a oferta nos principais produtores, entre eles Brasil, Austrália e África, deve continuar aumentando.

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Nos cálculos dos analistas, a oferta da commodity crescerá 1%, enquanto os preços ficarão em US$ 100.

Com a China, o UBS-BB acredita que o estímulo gere um modesto impulso de demanda que compense parcialmente a fraqueza no setor imobiliário.

Outro problema diz respeito a multa de Mariana e Brumadinho, que chega a R$ 170 bilhões, cerca de US$ 30 bilhões, o que pode atrapalhar o caixa da empresa.

Vale: vai pingar dividendos extraordinários?

Os analistas recordam que a dívida líquida da empresa está atualmente acima do ponto médio de US$ 15 bilhões de sua meta após registrar a provisão relacionada ao acordo com a Samarco, com o desembolso de R$ 4 bilhões, ou seja, abaixo do nível necessário para o pagamento extraordinário.

“Se a Vale decidir perseguir firmemente uma meta de dívida líquida de US$ 15 bilhões, não esperaríamos remuneração extraordinária aos acionistas”.

Porém, o cenário é que os retornos de caixa da Vale devem ser iguais à sua geração recorrente de FCF (meta
de dívida líquida flexível), “que estimamos em um rendimento de 9%”.

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