Petrobras (PETR4) na lona: Gestora com bilhões de dólares na carteira vê oportunidade

Após resultados frustrantes, principalmente em relação aos dividendos, a Petrobras (PETR3;PETR4) ganhou mais um ‘inimigo’. O preço do petróleo desaba nesta sessão com a expectativa de alívio de sansões da Rússia, um dos maiores produtores do mundo.

Com isso, a queda aprofunda e o preço toca nos R$ 35. Apenas na primeira hora do pregão, a estatal perdeu cerca de R$ 18 bilhões em valor de mercado. Agora, a petroleira vale R$ 473,6 bilhões, no menor patamar desde junho de 2024.

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Porém, uma gestora gringa vê na petroleira, e no Brasil, uma oportunidade.

Em carta divulgada em 18 de fevereiro, a GQG, com US$ 153 bilhões sob gestão, diz que é hora de surfar os países emergentes, como o Brasil. Os gestores sustentam haver uma nova onda de crescimento na região.

“O Brasil enfrentou o equivalente à Grande Depressão durante a década de 2010, mas está bem no caminho da recuperação, com sua economia consistentemente surpreendendo para o lado positivo pós-Covid”, diz.

Ainda segundo a GQG, o país possui retornos de dividendos atraentes, com o Ibovespa rendendo 7%.

E dentro desse universo, a Petrobras é a grande estrela.

“Continuamos a ver oportunidades de investimento na Petrobras, a grande petrolífera brasileira, que opera algumas das reservas de petróleo de maior qualidade do mundo e oferece um rendimento de dividendos”.

A principal desvantagem no Brasil, porém, são os gastos fiscais do governo Lula. “No entanto, estamos sendo pagos para esperar, dados os dividendos robustos e as eleições a menos de dois anos”.

A GQG diz ainda que uma empresa como a Petrobras é relativamente imune a isso, dada sua significativa receita em dólares e dividendos, que ajudam a tapar a lacuna fiscal do país.

Petrobras: Melhor está por vir, diz CEO

A CEO, Magda Chambriard, disse após a divulgação do balanço que 2024 foi um ano muito positivo para a estatal e que acredita que este ano será “ainda melhor”.

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“Entendemos a frustração com a redução dos dividendos no curto prazo, mas estamos priorizando investimentos estratégicos, especialmente na antecipação de projetos em Búzios”, disse em teleconferência com analistas.

Ela disse que, se fosse viável, a empresa anteciparia todo o Capex de Búzios hoje, pois isso aceleraria a produção de novos FPSOs e geraria mais valor para a Petrobras.

“Caso surjam oportunidades de antecipação no futuro, a Petrobras estará empenhada em aproveitá-las ao máximo”, disse.

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