Por que petrolíferas caem em bloco no pregão desta quarta (5)? Petrobras (PETR3;PETR4) recua mais de 4%

As petrolíferas presentes no Ibovespa (IBOV) caem em bloco no pregão desta quarta-feira (5), que iniciou às 13h em dia de retorno do feriado de Carnaval. Em meio a baixa liquidez, a queda do petróleo está por trás do desempenho das companhias.

Na sessão, a Petrobras chegou a cair mais de 4%. Às 15h22 (horário de Brasília) PETR3 recuava 4,17%, a R$ 37,42, enquanto PETR4 caía 3,15%, a R$ 34,79. Acompanhe o tempo real.

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Apenas na primeira hora do pregão, a estatal perdeu cerca de R$ 18 bilhões em valor de mercado. Agora, a petroleira vale R$ 473,6 bilhões, no menor patamar desde junho de 2024.

Apesar disso, a blue chip (ação com grande liquidez na Bolsa) não puxa o Ibovespa para baixo: no mesmo horário, o índice avançava 0,22%, a 123.071 pontos.

Os papéis da Brava Energia (BRAV3) lideram as maiores quedas do dia, com recuo superior a 6%, por volta de 14h40. No mesmo período, PetroReconcâvo (RECV3) caía quase 3%, Prio (PRIO3) recuava 1,52% e Vibra Energia (VBBR3) desvalorizava 2,17%.

Petróleo recua sob peso de guerra comercial

O desempenho do petróleo no mercado internacional puxa as ações para baixo nesta quarta, em meio às incertezas sobre a guerra comercial iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O contrato mais líquido do Brent, para maio, caía 3,51%, a US$ 71,17 o barril.

A queda desta quarta marca o terceiro dia seguido de recuo, com os planos da Opep+ de prosseguir com os aumentos de produção em abril, e às tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre Canadá, China e México, que aumentaram as tensões comerciais, no radar do mercado.

“A imposição de tarifas sobre China, Canadá e México pelos EUA provocou represálias rápidas de cada país, o que aumentou as preocupações com a desaceleração do crescimento econômico e o consequente impacto sobre a demanda de energia”, diz Ashley Kelty, analista da Panmure Liberum.

“Há uma certa preocupação no mercado de que a decisão da Opep+ seja o início de uma série de mais acréscimos mensais de oferta, mas a declaração da Opep+ reitera uma abordagem de trazer de volta os barris somente se o mercado puder absorvê-los”, pondera o analista do UBS Giovanni Staunovo.

*Com informações da Reuters

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