BYD atrasará início da produção de carros no Brasil

A fábrica da BYD no Brasil vai ter sua produção com começo postergado. Os problemas com denúncias acerca de trabalho análogo a escravidão e que foram revelados recentemente fizeram com que a marca chinesa tivesse de rever seus planos. Agora, seus executivos prometem começar a fabricação de veículos ainda em 2025. Mas, bem mais para frente.

De acordo com informações do Motor1.Com Brasil, as primeiras operações na planta de Camaçari, na Bahia, iriam começar logo após o Carnaval 2025 em meados de março. Porém, com as denúncias de trabalho análogo a escravidão, os trabalhos foram atrasados. A empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil e as denúncias seguem sendo investigadas pelo Ministério Público do Trabalho, MPT.

As denúncias recebidas eram sobre maus tratos aos trabalhadores e até agressões físicas contra a equipe de operários. Por sorte, a marca já conseguiu contornar a situação. Vale lembrar que a BYD contou que sua fábrica brasileira começaria os trabalhos de fabricação por aqui no regime SKD. Ou seja, kits parcialmente montados dos modelos chegariam ao Brasil e aqui a montagem completa seria finalizada.

Instalação era da Ford

Nos planos inicias dos executivos da fabricante do Dolphin Mini, a produção brasileira começaria em dezembro de 2024. Contudo, os planos foram postergados para março de 2025. Aliás, este ano era esperado que o regime de produção passasse a ser CKD, quando as peças chegam separadas e no Brasil seriam totalmente montadas. Porém, tudo mudou novamente.

Agora, com todas essas reviravoltas, a produção brasileira de carros da BYD só deverá ser iniciada em meados de setembro deste ano. Entre os modelos cotados para serem made in Brasil, estão os SUVs da linha Song e os elétricos Dolphin. A fábrica da BYD na Bahia era da Ford até pouco tempo atrás.

A marca chinesa espera produzir cerca de 150 mil carros anualmente e dispõe de um terreno de 4,6 milhões de m². Ela está construindo novas instalações e até pistas de testes. Já as antigas instalações da Ford servirão de base para fornecedores locais. Com a produção brasileira, a fabricante espera ter preços mais atrativos e não sofrer com os impostos aplicados em cima de modelos eletrificados importados.

Todavia, é válido reforçar que haverão veículos do seu portfólio que seguirão chegando ao Brasil como importados.

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