Casas Bahia (BHIA3) derrete 65% em 12 meses; ação virou oportunidade de compra?

A Casas Bahia (BHIA3), cuja ação derrete 65% somente nos últimos 12 meses, ainda tem o endividamento como um ponto de atenção e deve seguir impactada pela taxa Selic em alta, segundo o BB Investimentos. As despesas financeiras, disse o banco, tendem a pesar mais no balanço e a corroer parte das melhorias operacionais que a companhia se propõe.

O banco reiterou a recomendação de venda para o papel e cortou o preço-alvo, de R$ 6,70 para R$ 3,80, às vésperas da divulgação do balanço do quarto trimestre de 2024 (marcada para 12 de março) – que, segundo o BB, deve apresentar números melhores que os de períodos anteriores, muito calcados no elevado patamar de concessão de crédito.

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“Apesar da vasta experiência nesse tipo de operação, acreditamos que o cenário de alta taxa de juros pode fazer com que a preocupação em relação ao aumento da inadimplência se aprofunde ao longo do ano”, disse o banco em relatório assinado por Andréa Aznar.

O que esperar deste ano da Casas Bahia

Para 2025, o BB Investimentos prevê um incremento tímido na receita líquida, abaixo da inflação projetada pelo banco. O desempenho da empresa deve ser impactado por um cenário macroeconômico desafiador para o setor de bens duráveis.

Isso ocorre, segundo o banco, devido às expectativas de elevação da Selic, que pode encarecer e restringir o crédito ao longo do ano.

Além disso, um possível aumento da taxa de desemprego no segundo semestre tende a reduzir a massa de renda real das famílias. Esse fator pode desestimular o consumo.

“A companhia está em um momento mais favorável operacionalmente, mas que ainda exige cautela, com os resultados provenientes do Plano de Transformação ainda exigindo mais tempo para se consolidarem”, disse o BB Investimentos.

A instituição disse que, embora a fase 3 do Plano mencione a revisão da estratégia de atuação com foco em expansão, haverá um aumento no número de lojas físicas somente a partir de 2026.

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