Casos de vírus respiratórios crescem no Amazonas e exigem maior atenção à prevenção

O Amazonas registra um aumento expressivo nos casos de infecções respiratórias às vésperas do Carnaval, elevando a preocupação das autoridades de saúde sobre os riscos das grandes aglomerações.

Apenas nas últimas três semanas, mais de 80 novos casos foram confirmados, reforçando o alerta para o impacto das doenças no período festivo, segundo a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-RCP).

A Covid-19 continua sendo o principal agente infeccioso no estado, liderando as confirmações laboratoriais de vírus respiratórios.

De janeiro de 2024 a janeiro de 2025, o estado contabilizou 85 mortes causadas por vírus respiratórios e 4.413 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

Outros vírus respiratórios

Outros vírus respiratórios também estão circulando no Amazonas, com o rinovírus representando 33,4% das infecções, seguido pelo adenovírus (7,9%), metapneumovírus (3,0%) e parainfluenza (2,8%).

A maior parte dos infectados pertence a grupos vulneráveis, como idosos com 60 anos ou mais, que correspondem a 28,8% dos casos, e bebês com menos de um ano, que representam 27,4% das infecções.

A baixa cobertura vacinal no estado contribui para a expansão dos casos. De acordo com o Ministério da Saúde, a meta de vacinação contra a Covid-19 é de 90%, mas os índices no Amazonas estão abaixo desse patamar.

Atualmente, 82,16% da população recebeu duas doses da vacina, enquanto a adesão ao reforço segue baixa, com apenas 52,99% tendo tomado a terceira dose e 13,56% completando o esquema com quatro doses.

A falta de imunização adequada pode agravar o cenário, principalmente entre idosos, imunossuprimidos e crianças menores de seis meses, que correm mais riscos de desenvolver complicações graves da doença.

A proximidade do Carnaval acende um alerta, já que as festas devem reunir milhares de foliões em eventos de rua e espaços fechados, facilitando a disseminação dos vírus respiratórios.

Diante desse cenário, a FVS-RCP reforça a importância da adoção de medidas preventivas, como manter a vacinação em dia, evitar aglomerações, utilizar máscaras em locais fechados ou ao apresentar sintomas gripais e intensificar a higienização das mãos.

Além disso, recomenda-se a etiqueta respiratória, cobrindo a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, e a proteção de crianças pequenas, evitando sua exposição a ambientes de alto risco.

Com o aumento das infecções respiratórias e o baixo índice de vacinação, o Carnaval se torna um período de maior vulnerabilidade para a transmissão de vírus no Amazonas.

As autoridades de saúde seguem monitorando a situação e alertam para a necessidade de conscientização da população, reforçando que a prevenção ainda é a melhor estratégia para evitar um novo pico de casos no estado.

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