Ibovespa fecha em alta com reação a dados do IPCA

Ibovespa avança com bancos e commodities e se aproxima dos 126 mil pontos

Os investidores repercutiram o IPCA de janeiro. No exterior, o dia é de repercussão das tarifas anunciadas pelo presidente dos EUA. E ainda tem a passagem do presidente do BC americano pelo Senado. Dessa forma, o Ibovespa fechou em alta de 0,76%, aos 126.521,66 pontos, após oscilar entre 125.569,96 e 126.886,27

Segundo análise de Fabio Louzada, economista, planejador financeiro e fundador da Eu me banco, o Ibovespa sobe em dia de queda do dólar e dos juros futuros. Temos alta do setor de varejo e consumo, que sobem influenciadas pela queda dos juros futuros. A desaceleração do IPCA divulgado hoje contribui para isso, apesar de o mercado já prever um alívio apenas temporário e expectativa de inflação mais alta em breve. Entre as ações de companhias dos setores que sobem refletindo o otimismo estão Pão de Açúcar, Assai, Natura e Carrefour.

Os dados do IPCA desaceleraram com influência do desconto do bônus de Itaipu, que foi um desconto temporário ali na tarifa de energia, o que contribuiu para a queda no setor de habitação. Dado veio dentro do esperado e do consenso do mercado. Com isso, não acredito que mude algo em relação a decisão do Copom para a próxima decisão de juros, mas sem dúvidas, podemos esperar pela alta de 1 pp, que já está precificada. Acredito que podemos esperar uma inflação mais alta nas próximas divulgações, já que nesse dado tivemos um alívio temporário.

Nos EUA, tivemos falas de Powell reforçando a preocupação com a inflação alta, desemprego baixo e mercado aquecido. Mas sem nenhuma novidade quanto a próxima decisão de juros por lá. Powell se esquivou dizendo que não é papel do FED comentar sobre tarifas comerciais, mas sim tomar decisões de forma pensada em relação a elas.

No Ibovespa, entre as altas, está Carrefour. As ações subiram com força por conta de rumores de aquisição de fatia do Atacadão. Hapvida também sobe em mais um dia de alta influenciada pela queda de reclamações sobre a ANS.

Já entre as quedas, temos MGLU3 e BHIA3 após o Safra rebaixar as ações das companhias. Magalu passou de compra para neutra e com preço-alvo cortado de R$ 14,40 para R$ 8,50. Já Casas Bahia foi rebaixada para venda e com preço-alvo reduzido de R$ 5 para R$ 3,20. Outra ação que se destaca entre as quedas é BOBR4 depois que a empresa anunciou um pedido de recuperação judicial. Ações de Vivara também caem após saída de diretor de marketing, o que desagradou os investidores da companhia.


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