Dez cidades do Amazonas enfrentaram mais de quatro meses de calor extremo em 2024

Levantamento do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres (Cemaden), com dados de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontou que dez cidades do Amazonas enfrentaram mais de quatro meses de calor extremo em 2024.

Humaitá foi o município mais afetado, com 141 dias de altas temperaturas. Além disso, três cidades registraram picos acima de 42°C: Humaitá, Canutama e Atalaia do Norte.

Em Manaus, a temperatura atingiu 39°C no dia 18 de setembro, e a capital teve 132 dias sob calor intenso.

Confira os municípios que enfrentaram mais dias de calor extremo:

  • Humaitá – 141 dias
  • Canutama – 139 dias
  • Tapauá – 136 dias
  • Lábrea – 135 dias
  • Pauini – 135 dias
  • Manaus – 132 dias
  • Manicoré – 132 dias
  • Novo Aripuanã – 132 dias
  • Iranduba – 128 dias
  • Careiro da Várzea – 124 dias

Dois fatores contribuíram para o aumento das temperaturas na região: o fenômeno El Niño e o aquecimento das águas do Oceano Atlântico Tropical Norte.

Esses fatores também intensificaram a seca extrema na região em 2023 e 2024, com chuvas abaixo da média e níveis dos rios em queda.

O calor extremo não foi exclusivo do Amazonas. Em todo o Brasil, mais de 6 milhões de pessoas enfrentaram pelo menos 150 dias de temperaturas elevadas em 2024, considerado o ano mais quente da história da Terra.

Ao todo, 111 cidades brasileiras registraram mais de 150 dias sob calor intenso, muitas vezes superando os 40°C.

Metodologia do estudo

A análise, solicitada pelo g1, foi conduzida pelo Centro Nacional de Monitoramento de Desastres (Cemaden) com base em dados de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Confira abaixo a metodologia aplicada:

  • Para cada dia do ano, foi determinado um valor limite de temperatura.
  • A pesquisa utilizou dados diários da série histórica de 2000 a 2024.
  • O estudo identificou o número de dias em 2024 que ultrapassaram os recordes de temperatura da série histórica, caracterizando um pico de calor.
  • O índice adotado é o mesmo utilizado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

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