Entenda como os juros altos freia o consumo e impulsiona a renda fixa

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Você sabe como funciona o mecanismo que mantém a economia no caminho certo? Assim como um motorista ajusta a velocidade para garantir uma viagem segura, o Comitê de Política Monetária (Copom) regula os juros para manter a estabilidade econômica. Quando os preços começam a subir rápido demais, como um carro descendo uma ladeira em alta velocidade, o Banco Central pisa no freio ao elevar a taxa Selic. O objetivo é conter a inflação, reduzindo o consumo e desacelerando a atividade econômica. No entanto, como toda freada brusca, o impacto pode ser sentido em diversos setores, que perdem tração e enfrentam desafios no acesso ao crédito.

Segundo o Prof. MSc Maurício Takahashi, docente de Finanças, Economia e Métodos Quantitativos da Universidade Presbiteriana Mackenzie, essa dinâmica tem um reflexo direto no dia a dia de consumidores e empresários. “O Copom não controla o motor, mas pode acelerar, frear e corrigir a direção para manter o país no caminho certo“, explica. Ele destaca que, com os juros mais altos, pegar dinheiro emprestado se torna mais caro, o que pode comprometer o orçamento de famílias e dificultar a expansão de negócios.

Prof. MSc Maurício Takahashi, docente de Finanças, Economia e Métodos Quantitativos da Universidade Presbiteriana Mackenzie

Para quem precisa financiar um carro, comprar um imóvel ou parcelar compras, a alta da Selic significa que o custo do crédito aumentou. O mesmo acontece com as empresas que dependem de capital para investir e crescer. Por isso, especialistas recomendam cautela na hora de assumir novas dívidas, já que os juros elevados tornam os financiamentos mais pesados no longo prazo.

Por outro lado, para quem tem dinheiro aplicado, o momento é favorável. Com os juros elevados, investimentos de renda fixa, como Tesouro Selic, CDBs e fundos DI, passam a oferecer retornos mais atrativos. “É como deixar seu dinheiro trabalhando para você, sem precisar correr grandes riscos no mercado de ações“, afirma Takahashi. A chave para navegar nesse cenário é entender a dinâmica das taxas e ajustar as estratégias financeiras conforme as mudanças no mercado.

No fim das contas, a política monetária funciona como um jogo de equilíbrio. Se os juros forem baixos demais, a economia pode acelerar sem controle, levando a um aumento generalizado dos preços. Se forem altos demais, o risco é um desaquecimento que pode comprometer o crescimento e gerar dificuldades para setores produtivos. Assim como um motorista que precisa dosar o freio e o acelerador na medida certa, o Banco Central ajusta os juros para manter a economia no rumo certo.

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