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Ao comprar ou vender um veículo, é essencial realizar a transferência de propriedade dentro do prazo estipulado pelas normas de trânsito. Esta obrigação visa garantir que o novo proprietário esteja legalmente registrado como responsável pelo veículo, incluindo todas as suas obrigações, como o pagamento de multas e tributos.
Conforme o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), o novo proprietário tem até 30 dias para efetuar a transferência após a compra. A não realização deste procedimento acarreta multas e outras penalidades administrativas, comprometendo a regularização da situação do automóvel.
Quais são as penalidades por não transferir o veículo em 30 dias?
O não cumprimento do prazo de 30 dias para a transferência de um veículo acarreta uma multa de R$ 130,16, categorizada como infração média, conforme previsto no artigo 233 do CTB. Além disso, são adicionados quatro pontos na CNH do proprietário. As autoridades responsáveis podem ainda efetuar a remoção administrativa do veículo até que as pendências sejam regularizadas.
O que é necessário para realizar a transferência de veículo?
Para evitar a multa, o novo proprietário deve providenciar a documentação necessária para a transferência junto ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Segue a lista de documentos exigidos:
- Certificado de Registro de Veículo (CRV) com o formulário de transferência preenchido e com firma reconhecida em cartório.
- Comprovante de quitação de débitos, como multas e IPVA.
- Comprovante de residência do novo proprietário.
- Documento de identidade e CPF.
Após reunir os documentos, é preciso apresentar tudo no Detran, realizar o pagamento da taxa de transferência e submeter o veículo à vistoria exigida para a emissão do novo CRV.
Como é feito o recurso contra a multa por não transferência?
O proprietário penalizado por não transferir o veículo em 30 dias pode recorrer da multa. Inicialmente, deve apresentar uma defesa prévia logo após a notificação de autuação. Caso a defesa seja rejeitada, ainda há a opção de entrar com recurso junto à Junta Administrativa de Recursos de Infrações (JARI). Se necessário, é possível apelar para uma segunda instância.
Argumentos válidos incluem a impossibilidade de realizar a transferência devido a problemas burocráticos por parte do Detran. Fornecer documentação comprobatória dessas dificuldades aumenta as chances de sucesso no recurso.
Como prevenir a multa e regularizar a situação do veículo?
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Para garantir uma transferência sem contratempos, é fundamental que o comprador se organize para completar o processo dentro do prazo estipulado. Isso envolve planejar visitas ao cartório e ao Detran, além de resolver possíveis pendências financeiras do veículo.
Consultar a situação do veículo através do site do Detran de seu estado de registro pode ajudar a verificar débitos pendentes e assegurar uma transação tranquila. Essa prática preventiva é essencial para evitar surpresas desagradáveis durante o procedimento de transferência.
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