Alumínio registra duas mortes de motoristas de aplicativo em um mês; polícia investiga se crimes estão relacionados


Um corpo encontrado parcialmente carbonizado nesta quinta-feira (23) pode ser de Cláudio José de Moraes, que desapareceu na segunda-feira (20). É a segundo morte de motorista de aplicativo em menos de 15 dias. Motorista de aplicativo de Alumínio que estava desaparecido é encontrado morto
A Polícia Civil investiga se o motorista de aplicativo encontrado morto nesta quinta-feira (23) foi assaltado e mantido refém antes de ser morto.
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Conforme apurado pela TV TEM, o corpo de Cláudio José de Moraes foi encontrado pelo próprio pai ao lado de uma casa em uma área de mata na zona rural de Alumínio (SP), em um local de difícil acesso.
O corpo estava parcialmente carbonizado e serão necessários exames que confirmem que a identidade do cadáver.
Cláudio José de Moraes falou com a esposa pela última vez na noite de segunda-feira (20), após fazer uma corrida por aplicativo em Mairinque (SP)
Arquivo Pessoal
O delegado do caso, Espedito Alves, informou que os indícios apontam que o corpo é de Cláudio. Uma camiseta identificada como a usada pelo homem no dia em que desapareceu foi encontrada queimada próximo ao local onde estava o corpo.
Conforme o delegado, a hipótese é que o motorista tenha sido levado para uma casa onde foi extorquido e amarrado.
“Pelo tempo que ele saiu e retornou sozinho e o local onde o carro foi queimado, a dinâmica deve ter sido essa: foi atraído até a casa, na casa ele foi rendido, lá possivelmente extorquido, amarrado, trazido até aqui onde foi morto e o corpo colocado fogo. Ele retornou até um ponto perto da casa dele, onde ele poderia voltar a pé, colocou fogo no carro e retornou”, explicou.
Motorista de aplicativo de Alumínio que estava desaparecido é encontrado morto
Desaparecimento
De acordo com o boletim de ocorrência, Cláudio trabalhava como motorista em um aplicativo de transporte. Por volta das 18h50 de segunda-feira, Cláudio conversou com a esposa e disse que estava terminando uma viagem, e que iria atender uma próxima corrida de forma particular, ou seja, fora do aplicativo.
Segundo a esposa, que disse ter acesso ao perfil de Cláudio no aplicativo, a última viagem do homem foi em Mairinque, entre os bairros São Rafael e Marmeleiro. A mulher informou aos policiais que acredita que o marido estava entre as cidades quando conversou com ela por telefone pela última vez.
Carro de Cláudio foi encontrado carbonizado em uma estrada de Mairinque (SP) na terça-feira (21)
São Roque Notícias
Segundo caso no mês
Este é o segundo caso envolvendo a morte de um motorista de aplicativo na região neste mês. Na terça-feira (21), Armando Lucas, de 32 anos, que também morava em Alumínio (SP), foi encontrado morto com marcas de facadas em Mairinque (SP) no dia 13 de janeiro.
Armando Lucas desapareceu após sair para trabalhar na madrugada de segunda-feira (13). O corpo dele foi encontrado pela manhã do mesmo dia, próximo ao quilômetro 15 da Rodovia Mário Covas.
A Guarda Civil Municipal (GCM) encontrou o carro da vítima com peças faltando no dia 15. Dentro do veículo havia um par de chinelos e a placa do automóvel. Em imagens enviadas à TV TEM, é possível ver que o carro estava sem os pneus e as rodas.
Armando Lucas, de 32 anos, morador de Alumínio (SP) foi encontrado com marcas de facadas
Reprodução
Casal suspeito dos crimes
Na terça-feira (21), um casal foi preso suspeito de envolvimento na morte de Armando. Eles são suspeitos de matarem Cláudio.
A Polícia Civil informou que, após investigações, identificou na madrugada do dia em que Armando foi encontrado, um histórico de recebimento de transferência PIX no valor de R$ 5.500 para a conta bancária de um dos investigados.
A mulher, de 34 anos, foi identificada, assim como seu namorado, de 38, que segundo a polícia, possui extensa ficha criminal por crimes patrimoniais.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão na cidade e o casal foi localizado e preso. Dois celulares e uma faca também foram apreendidos.
Em depoimento à polícia, a mulher alegou conhecer Armando há três meses e também disse que ele fazia entregas de drogas com ela. Ela afirmou que passou a extorquir o motorista, depois dele supostamente abusar dela sexualmente, forçando-o a fazer a transferência via PIX encontrada pela polícia.
O casal admitiu ter ameaçado a vítima, mas negou o homicídio. A dupla foi encaminhada e deve passar por audiência de custódia em breve.
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