Líder religioso é preso por coagir fiéis e abusar sexualmente delas em MG


Segundo a delegada da Polícia Civil, Tatiana Carvalho, o líder religioso usava uma mesma agulha para que os fiéis fizessem um juramento e se aproveitava de rituais para coagir as vítimas a terem relações sexuais com ele. A delegada Tatiana Carvalho, explicou os pontos da investigação que levaram á prisão do homem.
TV Integração/Reprodução
Um líder religioso foi preso na quinta-feira (29), em Patos de Minas, suspeito de usar a fé para abusar sexualmente de fiéis. De acordo com a Polícia Civil, todas as vítimas identificadas são mulheres e o suspeito se aproveitava dos rituais religiosos que aconteciam com um grupo restrito para praticar os crimes.
De acordo com a delegada Tatiana Carvalho, o religioso foi denunciado pelos crimes de estupro mediante fraude e ameaça.
“Os atos libidinosos foram cometidos durante cultos privados realizados por ele. Durante o ritual, ele escolhia sempre vítimas do sexo feminino e passava óleos, mel e outras coisas pelo corpo delas. As vítimas eram coagidas espiritualmente a praticar atos sexuais com ele”, explicou a delegada.
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O esquema
A delegada Tatiana explicou que o líder religioso formou um grupo restrito de pessoas que se tornavam vítimas dos abusos sexuais.
Durante as sessões religiosas, o suspeito escolhia fiéis para que tivessem os corpos cobertos por mel, óleos e outros líquidos. Nesse momento, o homem molestava as mulheres e as coagia a terem relações sexuais.
Segundo a investigação, foi constatado que nenhum ato praticado pelo líder fazia parte de alguma religião.
“O que ele fez foi unir vários pontos de religiões diferentes para criar a própria”, disse Tatiana.
Testemunhas contaram, ainda, que o suspeito usava uma mesma agulha, que era compartilhada entre todos os fiéis, para fazer o juramento e pertencer ao grupo. Além disso, para que todos tivessem elevação espiritual, as vítimas eram coagidas a tomar vinho misturado com sangue menstrual.
“Todas as vítimas foram orientadas a procurarem atendimento médico. Mesmo que não tenhamos identificado nenhum problema, sabemos dos riscos que uma agulha compartilhada pode ter”, finalizou Tatiana.
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