Editorial: Primeiro o básico, depois o complicado

Agora Laguna publica hoje um balanço com as principais propostas contidas no plano de governo de Peterson Crippa (PL) e Leandro Bento (PSDB). Mais que uma lista de tarefas, cada um dos tópicos indica um norte que a administração pública de Laguna tomará nos próximos quatro anos dentro de um objetivo claro: “melhorar a vida do lagunense”, segundo a dupla de governantes.

Não será uma tarefa fácil, pelo que se tem visto e ouvido de relatos não só de prefeito e vice, mas também de secretários e auxiliares que agora se deparam com a realidade de um governo que passou sem deixar lembranças, apesar de ter feito avanços, como as obras de pavimentação.

O sumiço de equipamentos, os veículos sem rodar e outras mazelas denunciadas pela nova gestão se juntam a episódios como a recente interdição da Casa do Peixe, propagada como um marco do antecessor, que não conseguiu sequer terminar a obra. Ou melhor, nem deu sinais de que ela começou efetivamente.

O mundo de fantasia deixa de existir para dar lugar à realidade. Uma cidade com ar de abandono e esquecimento. Com mato crescendo ao léu e iluminação pública a desejar, a lista de tarefas de Crippa e Bento tem um item principal que não se pode deixar de lado, nem negligenciar. Trata-se do básico. O serviço mais simples, aquele que realmente faz a diferença na vida do morador lagunense que paga seu imposto, como o IPTU que há pouco começou a ser cobrado.

Muito antes de qualquer promessa mirabolante ou devaneio de governo, a nova gestão precisará cuidar do básico. E se fizer bem feito, já terá realizado muito mais que os últimos quatro anos. O espírito de união e mobilização vivenciado na praia do Mar Grosso no último dia 4 não pode ter sido em vão. Na tarefa de melhorar a autoestima, poder público, privado e a força popular devem caminhar juntos. Mas o exemplo precisa vir de cima. Fica a prioridade número um de Laguna: o básico primeiro, depois o difícil.

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