Volatilidade e cenário internacional marca semana no mercado financeiro

A primeira semana cheia de 2025 trouxe volatilidade ao mercado financeiro, que teve o retorno das flutuações típicas desse início de ano. Marco Prado, apresentador do programa Pre-Market da BM&C, comentou sobre o desempenho do Real, que chegou a ser a segunda moeda mais valorizada do ano, ficando atrás apenas do rublo russo. Para Prado, “o real tem mostrado uma performance positiva, sendo impulsionado por fatores internos e externos que merecem ser acompanhados com atenção.”

No cenário interno, o mercado brasileiro reagiu à expectativa do governo sobre a economia. A “acomodação” mencionada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi interrompida por dados surpreendentes do mercado de trabalho americano. O Payroll, que indicava a criação de 164 mil vagas em dezembro, superou as previsões com a geração de 256 mil empregos. Prado observa que “não há motivo para grande alarde, pois o comércio nos EUA, impulsionado pelos feriados de Ação de Graças e Natal, naturalmente indicava um aumento nas contratações, o que já era esperado.”

O que preocupa o mercado, segundo Prado, é a manutenção dos juros nos Estados Unidos, que, segundo ele, devem ser mantidos elevados até junho de 2025. “O que realmente incomoda os investidores é a expectativa de que o Federal Reserve não venha a reduzir as taxas de juros tão cedo”, disse Prado. Ele acrescenta que Jerome Powell, presidente do Fed, já sinalizou um “freio nos cortes de juros” e que o foco, agora, está em “monitorar os efeitos fiscais das novas políticas do governo americano.”

Em um cenário global mais amplo, a economia chinesa também impactou os mercados. Com uma inflação estagnada por dois anos, a China enfrenta desafios internos, o que se reflete em uma desaceleração do consumo. Prado comentou que a falta de apetite ao consumo no país asiático “está derrubando as commodities” e sinaliza a necessidade de novos incentivos econômicos por parte do governo chinês.

Por fim, no cenário interno, Prado acredita que o governo brasileiro enfrenta um dilema em relação aos novos “modos operantes” da META, referindo-se às pressões fiscais e econômicas internas. “Nos próximos dias, a economia brasileira deve continuar a mostrar sinais de recuperação, com um foco nas necessidades mais básicas, como o aumento do consumo de petróleo, impulsionado pelo frio na Europa e nos EUA”, conclui Prado.

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